A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em conjunto com a American Heart Association (AHA) e o Ministério da Saúde (MS), por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), certificou o Hospital São Paulo, hospital universitário da Unifesp, e a Disciplina de Cardiologia da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp). A premiação, que reconhece a instituição por apresentar adesão as práticas clínicas baseadas em evidencias para o melhor cuidado aos seus pacientes, foi recebida no dia 16 de setembro, durante o 73º Congresso Brasileiro de Cardiologia, que ocorreu no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília/DF.
A Unifesp foi a única, dentre as instituições pertencentes ao Sistema Único de Saúde (SUS), a receber pelo segundo ano consecutivo a Certificação de Reconhecimento de Qualidade Assistencial em Boas Práticas Clínicas em Cardiologia nos três eixos: Síndrome Coronariana Aguda (SCA), Insuficiência Cardíaca (IC) e Fibrilação Atrial (FA), com duas premiações na Categoria Ouro. O reconhecimento ocorreu após a implementação do programa de Boas Práticas Clínicas em Cardiologia (BPC). O objetivo deste programa é avaliar, antes e após a sua implementação, as taxas de adesão às diretrizes assistenciais de Insuficiência Cardíaca (IC), Fibrilação Atrial (FA) e Síndrome Coronariana Aguda (SCA) em instituições do SUS.
“Construímos, em conjunto com essas instâncias, além do suporte da American Heart Association e da parceria com o Hospital do Coração (HCor), um projeto de qualidade e original, a partir do estudo de três eixos principais relacionados à atuação cardiológica: emergencial, hospitalar e ambulatorial ”, pontua Angelo de Paola, docente da Disciplina de Cardiologia da EPM/Unifesp, idealizador e membro do comitê gestor permanente do projeto BPC.
“Um atendimento multidisciplinar coordenado e efetivo junto ao paciente e aos seus familiares, esclarece e orienta sobre a doença em questão e seus cuidados. O acompanhamento pós-alta reforça a aderência ao tratamento e mantém em contato o paciente com a instituição e com o seu médico para aumentar a segurança e auto monitoramento, reduzindo assim a reinternação", afirma a coordenadora operacional do projeto na Unifesp, a biomédica Enia Coutinho.
De acordo com o programa de Boas Práticas Clínicas em Cardiologia, estima-se que, em todo o mundo, a subutilização de recursos efetivos afete 30% a 40% dos pacientes e que 20% ou mais dos cuidados prestados são desnecessários e potencialmente prejudiciais. Desta forma, programas de melhoria de qualidade, como o BPC, podem contribuir para o cuidado prestado e promover uma prática assistencial mais eficiente.
Além do professor titular e chefe do Setor de Eletrofisiologia, Angelo de Paola, e do chefe do Setor de Insuficiência Cardíaca, Dirceu Almeida, estavam presentes no evento, representando a Unifesp, a biomédica e coordenadora do Programa BPC na universidade, Enia Coutinho, e os membros da equipe envolvidas no projeto Andressa Guerrero e Lívia Timbó.