Por José Luiz Guerra

Três estudantes do curso de Enfermagem da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (EPE/Unifesp) criaram uma história em quadrinhos que fala sobre a Síndrome de Marfan. A publicação, de autoria de Carolina Viana, Deborah Cunha e Dayse Santana, tem como objetivo explicar a doença de forma clara e incentivar portadores e familiares a procurarem ajuda. O trabalho foi coordenado pelas docentes Gianna Carvalheira, do Departamento de Morfologia e Genética, e Andreia Malinverni, do Departamento de Patologia, ambos da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp).

A série Mendelino apresenta a sua primeira publicação com a história do garoto Leonardo que, durante a quarta série, percebeu que era bem mais alto que seus colegas de sala, passava mal durante as brincadeiras na escola e tinha uma piora gradual na visão. Ao se consultar com um médico oftalmologista, o profissional o encaminhou para um especialista em genética, que solicitou alguns exames específicos e concluiu que Leonardo era portador da Síndrome de Marfan. Após o início do tratamento, o garoto começou passou a se conhecer melhor e ter uma vida normal, aprendendo a conviver com a doença.

De acordo com a Fundação Marfan Brasil, a síndrome foi descrita pelo pediatra francês Antoine Bernard-Jean Marfan, em 1896. Trata-se de uma doença genética com transmissão autossômica dominante, que acomete pessoas de todas as raças e sexos, que mostra uma prevalência de 1/10.000 indivíduos. Aproximadamente 30% dos casos são esporádicos e o restante familiar. As principais manifestações clínicas da doença concentram-se em três sistemas principais: esquelético, cardíaco e ocular.

A publicação pode ser acessada no site de Genética Humana da Unifesp, disponível neste link.


Capa da primeira edição da série Mendelino, que fala sobre a Síndrome de Marfan
(Ilustração: Sthar-Mar de Vasconcelos Silva)