Desde o aparecimento dos primeiros casos de covid-19 no Brasil, no mês de março, boa parte dos mais de 1,6 milhão deles foram atendidos por estabelecimentos ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Por conta disso, o SUS precisou se preparar repentinamente para atender aos casos das mais diversas complexidades ligados à doença. Agora, imagine se toda essa estrutura, aberta a qualquer cidadão, não existisse? E se os hospitais universitários, também públicos e com corpo clínico altamente capacitado, oriundo, em sua maioria, das universidades federais, fechassem suas portas por falta de investimento? Essas são questões colocadas em debate na mesa Pandemia, SUS e Universidade, que acontece no dia 13 de julho, das 16h às 17h30, como parte da programação do Congresso Acadêmico Unifesp 2020.

Participarão da mesa o professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Jairnilson Paim, o docente da disciplina de Infectologia da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) - Campus São Paulo Eduardo Medeiros, o diretor-superintendente do Hospital São Paulo, hospital universitário da Unifesp, José Roberto Ferraro, e a professora do Instituto de Saúde e Sociedade (ISS/Unifesp) - Campus Baixada Santista Virginia Junqueira. O debate será mediado pelo vice-reitor da Unifesp, Nelson Sass.

A mesa discutirá a relevância da saúde coletiva e do SUS no combate à pandemia e o papel da universidades como instituições de ensino e pesquisa que interagem com os serviços de saúde, permitindo a formação de profissionais da saúde guiados pelas diretrizes e valores da saúde pública e pela integralidade do atendimento à população. Em contexto de pandemia, sua essencialidade torna-se ainda mais latente, mas os desafios perante um sistema subfinanciado trazem problemas a serem debatidos.

Ferraro, que participou do processo de preparação do Hospital São Paulo para o recebimento dos casos de covid-19, ressalta que o SUS, de forma geral, tem desempenhado um papel de enorme importância durante a pandemia, mas que precisa receber maior atenção em relação aos investimentos. "Desde o início da pandemia, com a chegada dos primeiros casos ao serviço público, o SUS se mostrou robusto, mas também expôs que a nossa estrutura precisa ser melhorada. Espero que seja um legado e um novo normal. O financiamento do SUS deve receber atenção sempre". Sobre o caráter universitário do hospital, o diteror-superintendente lembrou que, na instituição, professores, alunos e pesquisadores atuam diariamente, tanto no atendimento aos pacientes quanto na produção de conhecimento que é revertido à sociedade de diversas formas, como, por exemplo, a vacina contra uma doença.

Para participar da mesa, faça a sua inscrição no Congresso Acadêmico Unifesp 2020, por meio deste link, e adicione a mesa à sua agenda!