O Núcleo de Estudos, Pesquisa, Extensão e Assistência à Pessoa Trans Professor Roberto Farina da Universidade Federal de São Paulo (Núcleo TransUnifesp) participou da elaboração do Protocolo para o atendimento de pessoas transexuais e travestis no município de São Paulo, um marco sobre a garantia de acesso de pessoas transexuais e travestis à saúde e resultado de esforço e dedicação de uma equipe participativa constituída por representantes de movimentos sociais, gestoras(es), profissionais e serviços de saúde, além de instituições parceiras, incluindo universidades.
Sob responsabilidade do Comitê Técnico de Saúde Integral LGBTI da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, o documento tem por objetivo apoiar a Atenção Básica no acolhimento e no cuidado específico para essas populações, já que é o nível de atenção que tem função de oferecer acesso à saúde, atenção integral, longitudinalidade e coordenação do cuidado, com base nas peculiaridades de cada um deles.
Representando o Núcleo TransUnifesp, participaram o coordenador, Magnus R. Dias da Silva, a coordenadora adjunta, Denise Leite Vieira, a psicopedagoga Ariadne Ribeiro, a assistente social Raphaela Fini, também representando a sociedade civil de mulheres transexuais, e alunos de graduação da Unifesp, colaboradores voluntários do Núcleo TransUnifesp Gustavo Parra e Lorenzo Lang, membro do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (IBRAT).
Inaugurado em março de 2017, o ambulatório do Núcleo TransUnifesp oferece assistência multiprofissional e transdisciplinar de saúde à pessoa Trans, fortalecendo-a nos âmbitos acadêmico, científico, político e social, no sentido de promover o bem-estar da população de travestis, mulheres transexuais, homens trans e pessoas de gênero não-binário. Saiba mais sobre o trabalho do Núcleo TransUnifesp por meio de sua página na internet, e pelas redes sociais Facebook e Instagram.
O coordenador do Núcleo explica que o protocolo é bastante completo para essa área, um documento importantíssimo para todas as pessoas que trabalham com saúde e deve ser amplamente divulgado, visando o potencial de ser expandido e incorporado às políticas estadual e nacional. "A participação da Unifesp neste trabalho mostra como a extensão universitária é importante, não só para a instituição, mas também para a sociedade civil, contribuindo para a elaboração de políticas públicas", reforça Dias da Silva. Já o bolsista Lorenzo Lang apontou a importância de trazer uma nova experiência de atendimento à população trans, além das já existentes. Ele diz que teve a função de contribuir para que os conhecimentos básicos dessa população fossem respeitados. O bolsista também celebrou a oportunidade de poder participar da elaboração de um documento único no Brasil, que explica todos os aspectos dessa área, desde as opções terapêuticas até a parte legislativa. "Era importante ter uma pessoa de dentro do movimento para explicar cada conceito, o que traz para dentro do protocolo um respeito dentro da comunidade e uma validação muito grande para o processo. Tenho muito orgulho de falar que eu pude participar desse trabalho", concluiu.
Núcleo TransUnifesp participa da elaboração de protocolo de atendimento à pessoas transexuais e travestis
Documento traz orientações mais completas à atuação de profissionais da saúde no âmbito municipal