Por Juliana Cristina
(Imagem ilustrativa)
Estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Nove de Julho (Uninove), California State University, San Bernardino (EUA) e Northumbria University (Reino Unido), avaliou a relação e os efeitos da redução do nível de atividade física com a qualidade do sono durante o período de quarentena.
O trabalho, nomeado Reduction of Physical Activity Levels During the COVID-19 Pandemic Might Negatively Disturb Sleep Pattern, foi realizado em maio de 2020, dois meses após o início da pandemia, por meio de um formulário on-line desenvolvido por pesquisadores com doutorado em áreas como Saúde Pública, Ciências, Nutrição, Fisiologia, Ciências do Movimento Humano, Neurociências e Comportamento.
Os resultados demonstraram que níveis insuficientes de atividade física são fatores de risco para um padrão de sono perturbado, revelando um aumento de até uma vez e meia nas chances de distúrbios do sono, independente de potenciais fatores de confusão (exceto depressão). Foi constatado ainda que a interrupção na rotina de atividades físicas exerceu influência negativa na qualidade do sono durante o isolamento social acarretado pela pandemia.
A pesquisa incluiu questões relativas a informações e cuidados pessoais relacionados à covid-19, atividade física e saúde mental e foi respondida por 1.874 voluntários adultos. Para checar a associação dos parâmetros de atividade física e qualidade do sono, foi utilizada a “regressão logística binária”.
O docente João Paulo Botero, do Departamento de Ciências do Movimento Humano do Instituto de Saúde e Sociedade (ISS/Unifesp) - Campus Baixada Santista, afirma: “uma vez que a quarentena interrompeu os eventos normais de exercício físico diário e impediu algumas pessoas de continuarem a fazer suas atividades regulares ou externas, o exercício físico domiciliar é recomendado para melhorar a qualidade do sono”.