Por Daniel Patini
Aprender a desmistificar a ciência e reconhecê-la como parte do nosso cotidiano e da comunidade em que vivemos; tudo isso vivenciando o conhecimento científico de forma lúdica. Essa é a proposta da ação Cientistas da Maré, voltada a crianças e jovens com idade entre 8 e 13 anos que vivem no Dique da Vila Gilda em Santos (SP). A região era originalmente ocupada por manguezais e passou por uma grande obra de drenagem. Hoje é densamente habitada e abriga a maior comunidade sobre palafitas do Brasil.
A atividade integra o programa de extensão Maré de Ciência do Campus Baixada Santista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), realizada em parceria com o Instituto Arte no Dique e o Projeto Areia Viva (Unifesp) e contemplada pelo edital Garotas em STEM do British Council e Fundação Carlos Chagas.
“Cientistas da Maré é um projeto de ciência cidadã, no qual essas crianças e jovens monitoram a saúde ambiental do local onde vivem. Ou seja, tem como foco entender a importância de se preservar o meio ambiente para a manutenção de sua própria saúde e da comunidade que ali reside”, relata a coordenadora Tatiana Martelli Mazzo.
Em atividade desde 2018, o projeto tem atividades semanais e, diretamente, já envolveu cerca de 150 crianças e jovens. “Sabemos que alcançamos, de forma indireta, um número muito maior do que esse, incluindo as próprias famílias dessas crianças”, ela complementa.
Durante 2020 e 2021, devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19, a estratégia encontrada pela equipe foi o desenvolvimento, impressão e distribuição de gibis e cadernos de atividades para as crianças e jovens atendidos(as) pelo projeto. Essa ação foi apresentada durante o III Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia e recebeu menção honrosa.
Assista aqui ao vídeo, produzido com apoio da Fundação Carlos Chagas, British Council e Fundação Grupo Boticário, e conheça os(as) cientistas da maré!
Fotos: Tatiana Martelli Mazzo