Teatro Clara Nunes, em Diadema/SP, recebeu evento do projeto I' Am Verde (foto: equipe de Comunicação do I' Am Verde)
Em evento realizado em Diadema/SP, no dia 11 de setembro, o projeto I’ Am Verde - Inovações Abertas para Múltiplas Aplicações Verdes, coordenado pela Unifesp, anunciou que apoiará de forma gratuita o desenvolvimento de dez propostas direcionadas à descarbonização da indústria brasileira. O apoio também incluirá formação gratuita de profissionais acadêmicos(as), empresários(as) e sociedade em geral, em temas de inovação aberta e bioeconomia circular.
A coordenação do projeto ocorre em parceria com as Universidades Federais da Amazônia (UFAM) e do ABC (UFABC), unidades Senai-SP e Senai-SC, com as empresas Insider e KEMIA e com a Prefeitura de Diadema. Trata-se de uma iniciativa financiada pela Finep, com apoio indireto do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Para Raúl Bonne Hernández, coordenador-geral do projeto e docente do Departamento de Química do Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas (ICAQF/Unifesp) - Campus Diadema, a agenda climática tem se tornado cada vez mais urgente e imediata para todos os setores da economia global, afetados por vários protocolos, acordos e metas internacionais que estabelecem limites cada vez menores no tocante à emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa (GEE). Ao mesmo tempo, segundo ele, os setores agro(industrial) e de mobilidade urbana têm um papel significativo nas metas que o Brasil e o planeta precisam atingir para diminuir o aquecimento global e as mudanças climáticas.
“Por exemplo, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) estima a necessidade de redução das emissões dos gases do efeito estufa em 43% até 2030 e 60% até 2035 (em relação a 2019), para limitar o aquecimento global, responsável por mudanças sem precedentes na história recente. Essas ações são os fundamentos da descarbonização, que visa reduzir e depois zerar a emissão de GEE, para criar uma economia global de baixo carbono”, explica o professor.
Professor Raúl Bonne Hernández, do Campus Diadema da Unifesp, é o coordenador-geral do projeto (foto: equipe de Comunicação do I' Am Verde)
Atuação e capacitação
Alinhado com essas demandas, o projeto I’ Am Verde trabalha em quatro grades áreas: bioeconomia circular, química verde, toxicologia verde e negócios verdes, a fim de promover uma cultura geral em termos de bioeconomia circular – integração sinérgica da economia circular e da bioeconomia, para utilização de matérias-primas de origem natural em ciclos fechados.
O projeto almeja capacitar um milhão de brasileiros(as) em três anos, apoiando de forma gratuita dez provas de conceito (POCs), em assuntos de descarbonização da agroindústria brasileira. Nesse contexto, o I’ Am Verde entende que as POCs podem ser um elemento-chave no processo de formação de ecossistemas produtivos, para uma efetiva transição de uma economia tradicional para o modelo biocircular.
As POCs significam a transformação de uma ideia em um protótipo (produto, processo ou modelo de negócio), em curto tempo (entre 90 e 180 dias) e que sejam passíveis de serem testadas e validadas em ambiente real. Essa iniciativa procura conectar ideias da sociedade, com o conhecimento e a capacidade tecnológica, acumulados no setor acadêmico, e as demandas e capacidade produtiva da indústria brasileira.
Como participar
O edital com especificações dos cursos de formação e seleção das provas de conceitos (POCs) gratuitas será divulgado a partir do dia 10/10/2024. O anúncio das propostas selecionadas será realizado em evento presencial dia 11/11/2024. Outras opções de financiamento com apoio Embrapii/Sebrae, livre de edital, também estão disponíveis. Para receber mais informações, cadastre-se neste link.