Na quarta-feira (21/2), o Conselho Universitário da Universidade Federal de São Paulo promoveu, em sua primeira reunião do ano, uma homenagem a Nestor Schor, professor titular da Disciplina de Nefrologia da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) – Campus São Paulo e membro do conselho, falecido no começo de fevereiro deste ano.

A reitora, Soraya Smaili, contou sobre a trajetória como profissional da área da saúde e como docente da universidade, reforçando, inclusive, seu envolvimento nas decisões da instituição. “Nestor Schor foi membro de tantos espaços, atuando como liderança, com uma presença marcante e eloquente, atento às questões acadêmicas e às qualidades das pesquisas da nossa universidade. Ele foi um exemplo de defensor dessa instituição, apontando temas que precisavam ser debatidos de forma transparente. É necessário salientar isso, porque são poucos que possuem essa coragem de se manifestar como Nestor. Hoje, principalmente no momento em que estamos vivendo, essa atitude tem que ser símbolo, palavra de todos os dias”.

Sergio Tufik, professor do Departamento de Psicobiologia da EPM/Unifesp, relembrou sobre momentos marcantes da vida de Schor e da amizade de mais de 50 anos entre eles, que surgiu na época do cursinho para entrar em uma faculdade Medicina. “É uma honra falar desse meu querido e maravilhoso amigo. Eu, como sou filho único, tenho privilégio de escolher meus irmãos e ele foi um. O Nestor foi muito especial, muito alegre, muito espirituoso, contagiante”, comentou. “Nestor nos deixou escrito: ‘considero-me apaixonado pela nossa Escola’. Ele fez muito pela EPM e tenho certeza que se a Escola Paulista de Medicina fosse um ser humano, ela seria apaixonada por ele”, finalizou emocionado Sergio Tufik, que recebeu uma homenagem do próprio Nestor Schor na última sessão do Conselho Universitário de 2017 (saiba mais aqui).

José Osmar Medina, professor da Disciplina de Nefrologia da EPM/Unifesp, comentou brevemente sobre a falta que Schor faz na equipe. “O Nestor Schor representava a alma da Nefrologia da Escola Paulista de Medicina e a alma da Nefrologia brasileira. Nós temos uma saudade imensa dele”.

Já Marimélia Porcionatto, professora da Disciplina de Biologia Molecular da EPM/Unifesp e companheira de Nestor Schor, falou sobre as características pessoais do docente. “Além de ser tudo isso que vocês já sabem, Nestor foi avô, com muito orgulho dos netos e de mais um que está para vir, pai e tio, tio de muita gente mais. Ele ampliou a família dele enormemente e a Escola fazia parte. Na verdade, acho que não tinha essa divisão: a vida pessoal, acadêmica e como médico”.