Na quinta-feira, 15 de março, Soraya Smaili, reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), esteve em Salvador (BA) para participar do Fórum Social Mundial 2018. Raiane Assumpção, pró-reitora da Extensão e Cultura (Proec/Unifesp), Magnus da Silva, pró-reitor adjunto da Proec, Eleonora Menicucci, ex-ministra de Políticas para as Mulheres do Governo Federal e professora titular da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), Luciana Ferreira e Maria Elizete Kunkel, docentes do Campus São José dos Campos, Esther Solano, docente do Campus Osasco, técnicos da Proec e estudantes da universidade também participam do evento.
A reitora integrou a mesa de discussão “A Universidade e a Educação no contexto da Resistência Democrática”, ao lado de Boaventura de Sousa Santos, idealizador da Universidade Popular dos Movimentos Sociais (UPMS) e diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra( CES/UC-Portugal), Francisco Tamarit, coordenador da Conferência Regional de Educação Superior da América Latina e do Caribe 2018 (CRES 2018) e ex-reitor da Universidade Nacional de Córdoba (UNC-Argentina), e Márcia Abrahão Moura, reitora da Universidade de Brasília (UnB).
Durante a discussão, os presentes citaram a importância de concretizar a Rede de Cooperação Sul-Sul, entre universidades da América Latina e do Caribe, por uma educação superior pública de qualidade, que seja instrumento de liberdade e prosperidade para as sociedades latino-americanas. Também abordaram a necessidade de resistir perante os cortes nos orçamentos.
Em sua fala, Soraya trouxe a recente aprovação da Lei 13.633/18, na última segunda-feira. “Essa lei cancelou recursos de algumas das nossas universidades, entre elas a UnB e a Unifesp, para destinar esses recursos a outras ações e programas”. E acrescentou: “estamos lutando diariamente contra a precarização de nossas pesquisas e extensões”.
A reitora ainda aproveitou o momento para destacar a força das universidades federais. “Somos 63 universidades federais conectadas em rede. E isso é poderoso. As universidades estão aqui para resistir, mas não só para isso. Não nos subestimemos. Nós temos condições de resistir, reagir, organizar e transformar”.
Encerrando o debate, Boaventura de Sousa Santos (UPMS e CES/UC-Portugal), elencou três passos a serem seguidos para fortalecer a educação superior. Primeiro, a criação e atuação eficaz da Rede de Cooperação Sul-Sul. Segundo, a celebração de convênios entre universidades e movimentos populares, organizando oficinas com acadêmicos e movimentos sociais, a fim trocar conhecimentos. E, por último, o fortalecimento da articulação entre universidades convencionais e universidades comunitárias e populares do continente. Segundo ele, “esta é a riqueza do mundo universitário”.
Outras atividades com participação de membros da comunidade acadêmica da Unifesp estão ocorrendo no fórum.
https://unifesp.br/boletins-anteriores/item/3211-reitora-pro-reitores-e-membros-da-comunidade-unifesp-participam-do-forum-social-mundial-2018?highlight=WyJib2F2ZW50dXJhIl0%3D#sigFreeIdc0d5422e31