Por Daniel Patini e José Luiz Guerra
Perspectiva do novo Centro Cultural em Saúde
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) anunciou, na terça-feira (2/10), as primeiras doações para um dos projetos aprovados pelo Ministério da Cultura (MinC), dentro da autorização de captação aprovada em março de 2018, no âmbito da Lei Rouanet. Os recursos, provenientes tanto de empresas – Grupo Fleury, Bradesco – quanto de pessoas físicas, serão utilizados na modernização da Biblioteca do Campus São Paulo, que se tornará um Centro Cultural em Saúde da Unifesp.
Com o projeto executivo pronto desde 2017 e a preparação da licitação da obra em andamento, o início das obras está previsto para o primeiro semestre de 2019. A captação dos recursos está sendo feita por meio da Fundação de Apoio à Universidade Federal de São Paulo (FapUnifesp), que atua como proponente no projeto, com valor autorizado de captação de R$ 12 milhões.
Fundada em 1936, a biblioteca possui o maior acervo de Saúde do país e da América Latina. Ela terá áreas para acervo e exposição da história da Escola Paulista de Medicina (EPM) e da Escola Paulista de Enfermagem (EPE). O local abrigará o Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde (CeHFi) e parte do acervo do Projeto Xingu, que também terá ali sua área expositiva. O Centro Cultural foi planejado em conjunto com o novo projeto de urbanismo do Campus São Paulo, que irá promover uma maior integração com a cidade, com áreas mais amplas e agradáveis para acolher os usuários do seu complexo de ensino, pesquisa e assistência.
Pedro Arantes, pró-reitor de Planejamento da Unifesp, apresentou o projeto Centro Cultural em Saúde; Ivan César Ribeiro demonstrou, pela FapUnifesp, os demais projetos aprovados.
A modernização e ampliação da biblioteca permitirá abrigar novas atividades – permanentes e gratuitas – que atenderão à comunidade acadêmica da universidade, além dos usuários do complexo de saúde, escolas e cidadãos em geral e vão privilegiar o amplo acesso da população aos bens culturais, científicos e acervos produzidos pela Unifesp.
O espaço contará com um moderno auditório para 110 pessoas, livraria universitária, área de convivência, áreas de exposição dos acervos históricos, área de leitura livre e de estudos em grupo e acesso a cerca de 1 milhão de fascículos de periódicos em saúde desde 1853. A nova estrutura garantirá ainda acessibilidade e segurança aos usuários, com a reestruturação completa da edificação, coberturas, sistemas e redes de elétrica, telefonia e hidráulica, banheiros e climatização, com atenção especial à prevenção de incêndio. Confira aqui a apresentação do projeto.
"Esse projeto cumpre o papel da universidade pública, que é produzir ensino, pesquisa e extensão, além da assistência, possibilitando às pessoas acesso ao conhecimento", observou a reitora Soraya Smaili, ao agradecer o apoio dos primeiros doadores e ressaltar a importância do Centro Cultural em Saúde da Unifesp.
Novos doadores estão sendo contatados e o envolvimento de toda a comunidade acadêmica para atrair interessados será de grande importância. Para isso, o Campus São Paulo mantém um GT de Captação. Mais informações aqui.
Estiveram na mesa do evento (da esq. p/ a dir.): Manoel Peres, diretor-presidente da Bradesco Saúde; Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Conselho de Administração do Bradesco; Sergio Cravo, vice-diretor da EPM; Rosana Puccini, diretora do Campus São Paulo; Soraya Smaili, reitora da Unifesp; Janine Schirmer, diretora da EPE; Jane Zveiter de Moraes, diretora-presidente da FapUnifesp; e Edgar Gil Rizzatti, diretor-executivo médico, técnico e processos do Grupo Fleury.