Membros da Comissão da Memória e Verdade da Prefeitura visitam o CAAF
O Conselho Universitário da Universidade Federal de São Paulo (Consu/Unifesp) aprovou, em reunião realizada no dia 10 de outubro, a elevação do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF) a órgão complementar na estrutura administrativa da universidade. A institucionalização do CAAF já havia sido aprovada pelo Conselho de Extensão e Cultura (2017) e pelo Conselho de Planejamento e Administração da Unifesp (abril/2018).
O CAAF, criado em 2014, é um centro acadêmico de referência para estudos de investigação sobre violação de direitos humanos no Brasil. Entre os trabalhos desenvolvidos, destacam-se o projeto de pesquisa sobre os Crimes de Maio de 2006, que investigou os episódios de violência de Estado ocorridos na região da Baixada Santista há 12 anos, e o Grupo de Trabalho Perus (GTP), também instituído em 2014, a partir de um acordo de cooperação técnica entre as Secretarias Nacional e Municipal de Direitos Humanos e a Unifesp, com a finalidade de analisar os restos mortais encontrados em 1990 no local que ficou conhecido como vala clandestina de Perus, no Cemitério Dom Bosco, na zona norte de São Paulo. Em agosto, o GTP entregou formalmente os restos mortais do desaparecido político Dimas Casemiro aos seus familiares, que foram identificados em fevereiro deste ano, após resultados de exames de DNA.
Com a incorporação do CAAF, outras pesquisas e ações propostas junto à criação do centro podem conduzidas e continuadas, como a viabilização de cursos de especialização, de pós-graduação e de linhas de pesquisa nesta área, e a contribuição com o aperfeiçoamento das instituições de estado e da legislação, por meio de pesquisas científicas, atividades de extensão, seminários e audiências públicas, exposições, convênios com instituições públicas ou privadas.