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Pesquisadores da Unifesp realizam expedições à Serra do Japi

Por meio da Unidade Curricular Biologia de Campo, docentes e alunos do Campus Diadema estudam biota da Mata Atlântica, utilizando recursos ambientais locais

Por Valquíria Carnaúba

A diversidade na Serra do Japi é muito grande. Seus 354 km², localizados no interior paulista, reservam uma infinidade de animais e plantas típicos da Mata Atlântica. Espécies como o sapinho-pingo-de-ouro (sapinho-dourado), jaguatirica e macacos bugio destacam-se entre suas formas típicas de vida. Dada a importância da biota regional, alunos e docentes do curso de Ciências Biológicas do Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp - Campus Diadema) aproveitam a temporada de primavera-verão para realizar visitas à Reserva Biológica Municipal da Serra do Japi (Jundiaí). As expedições têm duas finalidades: desenvolver pesquisas científicas e ensinar os alunos a trabalharem em campo.

As visitas são organizadas anualmente. José Eduardo de Carvalho, professor do Departamento de Ciências Biológicas da Unifesp, conta que são os próprios docentes que conduzem as atividades. “As excursões ocorrem sempre na mesma época, que coincide com o período de reprodução e multiplicação da maioria dos animais e plantas da Mata Atlântica. Levamos cerca de 20 alunos e 5 docentes que permanecem por uma semana”.

Carvalho explica que a iniciativa surgiu em 2010, ano em que ele e outros professores do curso de Ciências Biológicas decidiram ofertar a Unidade curricular (UC) denominada Biologia de Campo aos alunos de graduação. “A primeira edição foi realizada na Estação Ecológica da Juréia-Itatins, em Peruíbe (SP). Contudo, no ano seguinte, os alojamentos locais passaram por uma grande reforma e foram interditados. A procura por um novo local culminou na parceria com a Prefeitura de Jundiaí, por meio da Fundação Serra do Japi, para a realização de estudos na Base Ecológica”.

Com a UC Biologia de Campo, os alunos desenvolvem pequenos projetos de pesquisa científica, utilizando os recursos ambientais locais com o intuito de exercitar o método de observação, formulação de perguntas, além da elaboração e teste de hipóteses. O professor conta que as instalações da Base Ecológica da Serra do Japi são utilizadas também para a Disciplina de Ecologia de Campo do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução, também ofertado pelo Campus Diadema. “A riqueza da fauna e da flora locais é valiosa para a formação do Biólogo”, finaliza.

Reportagem na TVE Jundiaí sobre o assunto:  https://www.youtube.com/watch?v=eSNdHnSTfTA&feature=youtu.be

LEGENDA DAS FOTOS:

foto 3 - Uma das inúmeras espécies de mariposa

foto 5 - Alunos da UC Biologia de Campo 2016 apresentando seus seminários na Base Ecológica da Serra do Japi

foto 7 - Espécie de mariposa com manchas que se parecem olhos nas asas.

foto 8 - Alunos da UC Biologia de Campo 2016 observando girinos em um lago na Serra do Japi

foto 11 - Hypsiboas bishoffi, uma espécie de perereca que ocorre na Serra do Japi

foto 13 - Insetos noturnos atraídos pela luz na armadilha luminosa

foto 14 - Turma de alunos e docentes da UC Biologia de Campo 2016 (curso de Ciências Biológicas - UNIFESP Diadema)

foto 16 - Espécie de cobra coral falsa, do gênero Erythrolamprus, encontrada na Serra do Japi

foto 17 - Besouros sobre a base de uma folha.

foto 18 - "Mão-pelada" ou "guaxinim", espécie de mamífero

foto 20 - Sapinho dourado, Brachycephalus ephippium.