Por Paula Garcia

A Unifesp lança na próxima quarta-feira (11), a Agência de Inovação Tecnológica e Social (Agits), órgão responsável pelo apoio nas atividades de inovação tecnológica, propriedade intelectual e transferência de tecnologia. A criação da Agits é fruto de uma construção coletiva dentro da universidade, iniciada por Pollyana de Carvalho Varrichio, diretora do antigo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT).

Conforme determina a Lei de Inovação (10.973/2004), as instituições de ensino, ciência e tecnologia devem constituir um núcleo para gerir sua política de inovação. Essa lei surgiu após a constatação do baixo número de patentes que poderiam resultar das produções tecnológicas e científicas no Brasil. Hoje as universidades são as organizações com maior número de patentes no país, e os núcleos acabaram se transformando em agências de inovação, que buscam para além da criação a utilidade dessas patentes por meio do seu licenciamento.

No caso da Unifesp, a Agits tem como diferencial a inovação social, gerando um benefício direto para a sociedade e independência de retorno financeiro. “A sigla já busca espelhar essa intenção de agitar, movimentar, refletir sobre o social, buscando assim explicitar essa missão de trabalhar em atividades que não necessariamente vão gerar um ganho econômico para a universidade, mas uma ação mais coletiva e mais aberta”, explica o diretor da Agits, Luiz Eugenio Araujo de Moraes Mello.

Dentro dessa linha, a agência começará o seu trabalho cruzando as competências das diferentes áreas do saber da universidade com os anseios da população, principalmente da região onde estão localizados os campi da instituição. O grande desafio da Agits é dar conta de toda essa nova linha de trabalho e também ampliar o protagonismo da Unifesp em patentes e seu licenciamento. A inauguração da agência será concomitante aos dois primeiros licenciamentos da história da universidade.