Brincar é um direito de toda criança e uma condição essencial para seu pleno desenvolvimento. Crianças com limitações físicas, intelectuais e sensoriais têm o mesmo direito que as demais no que se refere ao contexto apropriado e favorável para brincarem de forma livre e da maneira como escolherem. No atual cenário de cuidado em saúde, as crianças com necessidades especiais de saúde (CRIANES), internacionalmente denominadas Children with Special Health Care Needs, constituem um grupo em ascensão. Caracterizam-se por possuírem ou estarem em maior risco de apresentar uma condição física crônica, de desenvolvimento, comportamento ou emocional.

No que tange especificamente à vivencia do brincar, essas crianças enfrentam diversos obstáculos, como profissionais despreparados para a inclusão de práticas lúdicas em seu cuidado cotidiano, contextos inadequados ao desenvolvimento de brincadeiras e políticas e programas sociais frágeis. Neste âmbito, o brincar e a atitude lúdica dos profissionais pode estimular o funcionamento cognitivo, social, emocional e psicomotor dessas crianças e contribuir para sua adaptação à determinada condição de saúde.

Em face à relevância do tema e considerando a necessidade de sensibilizar e potencializar as competências para o uso das estratégias lúdicas, tanto no âmbito da formação acadêmica quanto da pratica profissional, propõe-se a III Série BBTE - Brinquedo, Brinquedo Terapêutico e Enfermagem com o tema do brincar inclusivo. Trata-se de uma parceria entre o Departamento de Enfermagem Pediátrica (DEP) da Escola Paulista de Enfermagem (EPE/Unifesp) e o Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública (DEMISP) da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (USP), por meio dos projetos de extensão Sopro de ar fresco: é tempo para brincar e Quer saber então vamos brincar?.