Por Daniel Patini
Professor Álvaro Machado Dias entre os coautores Henrique Akiba (pesquisador do LinC e doutorando) e Eduardo Oda (IME)
Os pesquisadores do Laboratório Interdisciplinar de Neurociências Clínicas (LinC/Unifesp), sob a liderança do professor Álvaro Machado Dias, são autores de obra do acervo permanente do Museu do Amanhã. Situado no segundo andar do museu, o “cubo das neurociências” (Encephalon) possui 343 metros cúbicos e é coberto por painéis de LED e sonofletores, que projetam um conjunto de animações, retratando de maneira estilizada o cérebro humano em atividade.
“O mais interessante sobre essas animações é o fato de terem sido extraídas do contexto laboratorial, sendo construídas sobre imagens reais do cérebro ou sobre modelos computacionais de seu funcionamento”, diz o professor Dias, que também elaborou materiais escritos para os interativos.
A iniciativa alinha-se a uma expansão do escopo do laboratório, que já contabiliza mais de cem pesquisadores e trabalhos de repercussão mundial em diversas frentes. “As áreas de impacto do LinC expandiram-se significativamente, por meio da promoção interna de abordagens criativas e multimodais das neurociências. Ainda que nosso foco primário permaneça clínico, estamos promovendo vários esforços para a sua consolidação como uma instituição de inovação em neurociências, com forte conotação tecnológica”, explica o professor e diretor do laboratório, Rodrigo Bressan.
O Museu do Amanhã, maior museu de ciências da América Latina, abriu para o público no sábado, dia 19/12, no Rio de Janeiro. O projeto arquitetônico é do espanhol Santiago Calatravas e a curadoria é do físico Luiz Alberto Oliveira. O museu é a principal obra do projeto de revitalização da área portuária do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos que acontecem na cidade em 2016.
Pessoas interagem com a obra Encephalon, de 343 m³. Entrada permite o acesso a diversos painéis de imagens