Por Daniel Patini
Na quinta-feira (23/6), em cerimônia realizada na sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi formalizado o início das atividades do Centro de Pesquisa em Bem-Estar e Comportamento Humano, que será voltado para estudos nas áreas de neurociências, psicologia positiva, psicologia social, neuroimagem, neuropsicofisiologia, psicometria, estudos populacionais e longitudinais.
Sediado no Instituto de Psicologia da USP e formado por uma rede de pesquisadores das áreas de psicologia e neurociências da Unifesp, USP e Mackenzie, o centro é o primeiro na área de Humanidades criado a partir de modelo de financiamento compartilhado entre uma empresa privada (Natura) e a Fapesp.
Por parte da universidade, participarão desse centro as professoras Ana Lucia de Moraes Horta, da Escola Paulista de Enfermagem (EPE/Unifesp), e Carine Savalli Redigol, do Departamento de Políticas Públicas e Saúde Coletiva do Instituto de Saúde e Sociedade (ISS/Unifesp), respectivamente, com os projetos “Programa bem-estar nas escolas” e “Relação afetiva entre seres humanos e seus animais de estimação”.
“Esse modelo de cooperação interinstitucional pioneiro no Brasil teve como inspiração os Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids), cujo objetivo é fomentar e consolidar centros de excelência em pesquisa de fronteira mundial em temas de relevância com a geração de inovação e transferência de tecnologia para a sociedade por meio de financiamento de longo prazo”, explica Pollyana Varrichio, vice-diretora do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT-Unifesp).
A estreita colaboração, articulada com a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, permitiu que o NIT liderasse as articulações interna e externa para viabilizar o cumprimento das exigências administrativas, legais, processuais e as negociações sobre direitos de propriedade intelectual e royalties.
Os investimentos previstos para sua implantação e condução de suas atividades chegarão a R$ 40 milhões em dez anos, dos quais R$ 20 milhões serão divididos igualmente entre Natura e Fapesp. O restante será dispendido como contrapartida pelas universidades, em forma de apoio institucional e administrativo aos pesquisadores envolvidos, incluindo salários e infraestrutura.
Com informações da Agência Fapesp (http://agencia.fapesp.br/23447)