Quarta, 10 Outubro 2018 16:38

Cedeme associa-se à rede nacional de biotérios

Maior centro de produção de animais de experimentação da Unifesp foi selecionado para integrar a Rebiotério

Por Valquíria Carnaúba

O Centro de Desenvolvimento de Modelos Experimentais Para Biologia e Medicina (Cedeme), biotério da Unifesp localizado no Campus São Paulo, foi um dos 21 biotérios selecionados para se associar à Rede Nacional de Biotérios de Produção de Animais para Fins Científicos, Didáticos e Tecnológicos (Rebiotério). Trata-se de um selo concedido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), aos biotérios reconhecidos pela produção de espécimes experimentais caracterizados pela qualidade da pesquisa científica e pela atenção ao bem-estar desses animais.

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O Cedeme fornece em média 25 mil animais, por ano, para 25 departamentos e 28 programas de pós-graduação da Unifesp

Biotérios de todo o país inscreveram-se em reposta ao chamamento público do CNPq, lançado em março deste ano, por meio do qual os centros de animais de experimentação deveriam se candidatar segundo critérios mínimos de qualidade, como finalidade do biotério, controle da produção, controle sanitário ambiental e controle reprodutivo. A iniciativa visava associar os biotérios de produção de roedores e lagomorfos (como coelhos e lebres) para fins científicos, didáticos e tecnológicos enquadrados nos parâmetros internacionais de bem-estar animal e fieis ao atendimento dos 3Rs (Redução, Refinamento e Substituição). Os biotérios integrados à rede nacional, a exemplo do Cedeme, devem se submeter a normas e legislação adotadas para uso de animais em experimentos científicos, em consonância com o estipulado conjuntamente com o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea).

A coordenadora do Cedeme, Heloísa Allegro Baptista, afirma que a associação à Rebiotério coloca o viveiro em evidência, criando cenários favoráveis à atração de investimentos. “Fornecemos em média 25 mil animais, por ano, para 25 departamentos e 28 programas de pós-graduação da Unifesp, distribuídos entre os campi São Paulo, Baixada Santista, Diadema e São José dos Campos. Tais modelos têm como principal finalidade o estudo de doenças como Alzheimer, hipertensão, imunodeficiências, diabetes, câncer, entre outras. A qualidade desses animais é um fator crucial para que alcancemos padrões internacionais na pesquisa científica. Quem ganha: toda a sociedade”, defende.

A coordenadora da Câmara de Pós-Graduação e Pesquisa da Escola Paulista de Medicina (EPM) - Campus São Paulo, Marimélia Porcionatto, destaca o forte apoio da própria escola e do campus, da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa e da Reitoria da Unifesp à constante manutenção do Cedeme. “Este é um excelente exemplo de como investimentos constantes revertem em melhoria da qualidade da infraestrutura de pesquisa da instituição”, finaliza.

Sobre o Cedeme

O Cedeme trata-se do biotério de criação da Unifesp, localizado no Campus São Paulo, onde animais são mantidos para posterior utilização em experimentos científicos (ratos, camundongos, coelhos etc). Sua missão envolve a produção de espécimes com certificação sanitária e genética adequadas às necessidades dos pesquisadores e à ciência brasileira e ser referência em produção de animais para experimentação. O vice-coordenador do Cedeme e Responsável Técnico, Maurício de Rosa Trotta, afirma que o centro conta atualmente com cinco linhagens convencionais e 70 transgênicas (geneticamente modificadas), um dos fatores que favoreceu a conquista da certificação. Mais informações aqui.


Lido 8020 vezes Última modificação em Terça, 23 Outubro 2018 10:05

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