Por Denis Dana
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) acaba de criar o Núcleo de Assistência à Saúde do(a) Refugiado(a), que oferecerá atendimento gratuito diferenciado para pessoas em situação de refúgio. Cerca de 40 médicos(as) voluntários(as) ligados à Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp - Campus São Paulo) atenderão a todas as especialidades médicas, inclusive pediatria, com agilidade no acesso aos exames e internações, quando necessário. O serviço terá apoio de tradutores(as) em inglês, francês e árabe para facilitar a comunicação e intervenção médica.
“A estrutura foi criada para ajudar de fato essa que é uma população abandonada e vulnerável. Uma vez que o país as acolhe, temos obrigação de dar todo o apoio e, nessa área da saúde, temos todas as condições de prestar esse suporte, mostrando o compromisso da universidade em promover a inclusão e a saúde, com atendimento médico de qualidade e com respeito à diversidade cultural e linguística dos(as) refugiados(as)”, destaca o médico Murched Omar Taha, idealizador e coordenador do núcleo e professor aposentado da EPM/Unifesp.
O atendimento será feito por meio de agendamento, que deve ser realizado neste primeiro momento por institutos sociais. As consultas são realizadas de segunda a sexta, das 9h às 17h, no Hospital Universitário 2, localizado na Rua Pedro de Toledo, 583, na Vila Clementino, zona Sul de São Paulo.
Os institutos sociais devem fazer o agendamento pelos telefones (11) 93038-0101 e (11) 97153-9986 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Fomento de pesquisas
Além da assistência médica, o Núcleo de Assistência à Saúde do(a) Refugiado(a) também nasce com o potencial de contribuir para o desenvolvimento de pesquisas específicas sobre questões de saúde relacionadas a essa população.
“Trata-se de um canal de fomento de informações, o que possibilita melhor compreensão das necessidades e desafios enfrentados pelos(as) refugiados(as), bem como a criação de estratégias de intervenção mais eficazes”, ressalta Taha.