Sexta, 11 Agosto 2023 13:03

Dia do(a) Estudante: Unifesp abre caminhos para a democratização do ensino superior

Instituição permanece atuando pela ampliação das cotas sociais e raciais

Por Valquíria Carnaúba

dia do estudante 1

Durante muito tempo, ingressar no ensino superior era privilégio de poucos(as) no Brasil. As duas primeiras faculdades do país foram inauguradas em 1827. Cem anos depois, em razão da comemoração do centenário da criação dos primeiros cursos superiores no país, foi instituído o dia do(a) estudante. Ainda assim, o acesso a uma universidade permaneceu restrito por décadas.

A ampliação do acesso às cadeiras universitárias é um processo relativamente recente. Porém, a verdadeira democratização do ensino superior não passaria apenas pelo aumento das vagas, mas também pela redução de desigualdades, implicando em mais matrículas de estudantes de baixa renda, pretos(as), pardos(as), indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. As cotas raciais e sociais revelaram-se o principal mecanismo para que esse equilíbrio acontecesse de fato.

A Unifesp avalia o perfil socioeconômico e cultural de estudantes ingressantes desde o ano de 2011, e as informações obtidas nessa pesquisa têm norteado decisões estratégicas e fundamentais para garantir a permanência de graduandos(as) na universidade. Desde a implantação da Lei no 12.711/2012, houve uma grande alteração no perfil de estudantes ingressantes na Unifesp. São em sua maioria egressos(as) de escolas públicas (50,6%) e com renda per capita familiar inferior a um e meio salário mínimo (65%).

Também houve mudanças no perfil étnico-racial. Contudo, a universidade permanece aquém de representar os percentuais de pessoas negras/pardas, indígenas e quilombolas do Estado de São Paulo, continuando a trabalhar com foco na ampliação das condições de acesso e permanência desses grupos populacionais na graduação e pós-graduação. Estudantes negros(as) representam cerca de 29% e indígenas apenas 0,2%, atualmente. No ingresso, a Unifesp tem migrado estudantes cotistas para vagas de ampla concorrência quando atingem nota para tal, fazendo com que mais estudantes inscritos(as) como cotistas possam ingressar na universidade. Também está trabalhando para realizar vestibular específico para indígenas, iniciar o curso de licenciatura indígena, cotas para estudantes trans e cotas na residência médica e multiprofissional.

Quanto à permanência estudantil, apesar das fortes restrições orçamentárias, a Unifesp tem trabalhado visando qualificar a trajetória acadêmica dos(as) estudantes e evitar a evasão por meio da atuação multiprofissional nos Núcleos de Apoio Estudantil (NAE), Serviço de Saúde do Corpo Discente (SSCD), projetos de mentoria, bolsas, restaurantes universitários, auxílios diretos e indiretos.

A Unifesp quer estar cada vez mais perto de você, deseja que seus sonhos sejam realizados e, por isso, investe no futuro.

Parabéns a todos(as) estudantes!

Lido 986 vezes Última modificação em Quarta, 30 Agosto 2023 14:40

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