Sobre a Área de Espaços Físicos

 

A reestruturação do setor de infraestrutura da UNIFESP, com ganho em sua importância estratégica e capacidade operacional, tem como objetivo constituir uma nova cultura organizacional na relação entre espaços pedagógicos e espaços físicos na nossa universidade. Isso significa não apenas atender quantitativamente as demandas reprimidas por mais metros quadrados de espaços de ensino, pesquisa, extensão, permanência etc., mas igualmente do ponto de vista qualitativo – o que quer dizer reivindicar à Universidade Pública o locus da experimentação e inovação na produção de seus espaços, em diversos níveis: nas qualidades arquitetônicas, na articulação colaborativa com os projetos pedagógicos, nas condições de trabalho dos servidores, na adoção de critérios de sustentabilidade ambiental e novas tecnologias de construção e, por fim, na relação com a cidade, de modo que a Universidade colabore para a implantação e existência de espaços ativos para a esfera pública, para o desenvolvimento urbano, cultural e social do país. Por isso, a arquitetura da Universidade deve propor novas qualidades (e não apenas quantidades de metros quadrados construídos). Cada campus e unidade de ensino da UNIFESP podem, portanto, ser oportunidades de fazer trechos de cidades diferentes, de conectar vida acadêmica com a vida pública, de ampliar a formação cultural e política dos seus cidadãos. Os lugares da universidade reproduzem, em grande medida, o projeto de universidade que levamos adiante e o sentido social que a UNIFESP quer para si.  A correspondência entre projeto pedagógico e espaços físicos é a base da construção da identidade de uma instituição de ensino. Atualmente, grande parte da comunidade acadêmica manifesta insatisfação com os espaços que lhe são destinados. Projetos bem realizados, com participação dos interessados, irão resultar não apenas em melhores condições físicas, mas também simbólicas, colaborando para construir a identidade da UNIFESP, sua apresentação pública e reconhecimento pela sociedade.

 

1)    Linhas de ação e sentido de mudança

  1.       A coordenação indispensável, pari passu, entre o Planejamento de Desenvolvimento Institucional e o Planejamento das Infraestruturas. O que quer dizer que não há desenvolvimento institucional na UNIFESP, no ensino, pesquisa, extensão e assistência estudantil sem projetarmos, construirmos e mantermos os espaços físicos apropriados para receber essas atividades. A atual descoordenação e defasagem da infraestrutura em relação ao crescimento institucional é uma das causas principais das dificuldades da nossa universidade;
  2.      Por isso, o setor de Infraestrutura foi ampliado e transferido para a Pró-Reitoria de Planejamento, ganhando importância estratégica e capacidade de ação e articulação. Aos Planos de Desenvolvimento Institucional (PDI), dos campi e da Universidade, serão implantados Planos Diretores de Infraestrutura (PDInfra), de modo a criar correspondência e sinergia do PDI com o PDInfra;
  3.       O Conselho de Planejamento (CoPlan) é o principal fórum de discussão universitária desses assuntos (podendo remetê-los ao CONSU) e definirá ações estratégicas e prioridades, articuladas entre os campi, a reitoria e as demais pró-reitorias;
  4.       A entrada de demandas de infraestrutura está sendo redefinida, tanto no que concerne a fluxos, critérios e procedimentos, quanto meio de avaliação e discussão, levando à coordenação PDI=PDInfra;
  5.       O setor de infraestrutura organizará o acesso a informações, processos e procedimentos de modo a ampliar a transparência, agilidade e o diálogo com os campi, pró-reitorias e prefeituras, fortalecendo sua relação com as divisões locais e as comissões de infraestrutura dos campi;
  6.        Dentro da reitoria, irá procurar parcerias estratégicas com órgãos assessores, núcleos e comitês que possam colaborar na reestruturação dos processos e sistemas de gestão de infraestrutura;
  7.       O resultado das iniciativas somadas será tanto ampliar a publicidade, coordenação e democratização das solicitações quanto a eficiência e qualidade nas suas respostas efetivas;
  8.       O alargamento do escopo do setor de infraestrutura, passando de um para quatro departamentos (que detalhamos a seguir): Planos Diretores; Edificações; Laboratórios; e Imóveis. Os 4 departamentos, coordenados pela Pró-Reitoria e seu Conselho, atuam desde a concepção preliminar das possibilidades de organização espacial dos campi, sempre em diálogo com estes e suas divisões e comissões, passando por projetos e obras, até o cadastramento e manutenção regular de licenças e condições de uso das edificações – formando um setor único e integrado.
  9.         Por fim, o crescimento qualificado da equipe de infraestrutura se dará por meio de iniciativas somadas:
      •       Negociação junto à Reitoria, CONSU e MEC para a abertura imediata de vagas para concurso de novos servidores em arquitetura, engenharia e formações complementares, tanto para a Pró-Reitoria de Planejamento quanto para as divisões técnicas nos campi;
      •     Ampliação da equipe com outros profissionais que não apenas arquitetos e engenheiros e que colaboram decisivamente nos procedimentos de licitações, convênios, contratos, cadastros, orçamentos, informatização e demais processos administrativos, de modo a ampliar agilidade, qualidade e divisão do trabalho no setor – fortalecendo a atuação interdisciplinar;
      •     Implantação de programa de estágios na área, tanto através do CIEE quanto por meio de convênios com faculdades de arquitetura e engenharia que impliquem na colaboração de professores e estudantes com este setor da UNIFESP;
      •   Continuar implantação de Convênio com a FapUNIFESP para modernização de laboratórios, com a contratação de mais três profissionais;
      •     Contratar por licitação empresas gerenciadoras de projetos e obras, para objetos específicos, que possam colaborar in loco com nossa equipe na resposta às diversas demandas de infraestrutura;
      •       Por fim, desenvolver programa de formação dos técnicos, criação de uma biblioteca de referência para os servidores e visitas a obras e universidades que são referência positiva de gestão nessa área.