Segunda, 18 Junho 2018 18:21

IV Congresso Acadêmico mobiliza os campi para questões contemporâneas

Sob o tema Universidade e Sociedade: Saberes em Diálogo, evento foi realizado pela primeira vez em toda a instituição 

Apresentação de pôsteres durante o IV Congresso Acadêmico Unifesp
Apresentação de pôsteres durante o IV Congresso Acadêmico Unifesp

O IV Congresso Acadêmico, este ano com o tema Universidade e Sociedade: Saberes em Diálogo, foi marcado pela descentralização das atividades previstas no cronograma oficial. Esta edição durou dois dias (11 e 12 de junho) e ocorreu em todos os campi, mantendo o mesmo objetivo das edições anteriores: congregar programas acadêmicos institucionais de ensino, pesquisa e extensão, com temas convergentes multidisciplinares e interdisciplinares. A 4° Semana Unifesp Mostra Sua Arte ocorreu concomitantemente ao Congresso, reunindo iniciativas culturais e criativas da comunidade acadêmica.

Campus Baixada Santista

Palestra de Odilon José Roble, docente da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Palestra de Odilon José Roble, docente da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

A conferência de abertura do Campus Baixada Santista contou com a apresentação de Odilon José Roble, docente da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que, a partir da Filosofia, mostrou uma perspectiva da relação universidade e sociedade, enfatizando o tripé ensino, pesquisa e extensão. Na sequência, teve a apresentação de Wagner Vilegas, docente da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que propiciou a oportunidade de pensar como é possível construir a interdisciplinaridade com o diálogo entre áreas como Química, Arte e Biologia.

Já as atividades do segundo dia foram marcadas pela articulação de ciência, universidade, crise, política e posição da universidade frente aos problemas sociais, com destaque para a conferência Universidade e Estado Democrático do Direito Depois do Golpe 2016 e para a mesa redonda Violência de Estado no Brasil: Análise dos Crimes de Maio de 2006 na Perspectiva da Antropologia Forense e da Justiça de Transição. Durante a apresentação dos pôsteres, a ênfase ficou por conta dos Programas de Educação pelo Trabalho.

De acordo com Sylvia Batista, diretora do Campus, a ocasião trouxe à tona uma perspectiva interdisciplinar e a necessidade de a universidade estar sintonizada com as demandas. “O campus está com uma vida muito mais intensa e interativa. O clima é de cultura acadêmica, busca de relação com a sociedade e relação com o saber, caminho que acreditamos ser o ideal para a construção de uma universidade pública socialmente referenciada”.

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Campus Diadema

A plenária de abertura do Campus Diadema contou com a participação do professor Renato Janini Ribeiro, abordando a situação da universidade frente à sociedade e os desafios das políticas educacionais. Durante a programação, 581 inscritos estiveram presentes no local e mais de 280 trabalhos associados aos programas institucionais foram expostos na forma de pôster e/ou apresentação oral. Cinco mesas-redondas foram realizadas durante o evento, duas das quais associadas à primeira autoavaliação do Campus Diadema, contando com representantes das diversas instâncias do campus. Outras três foram organizadas com a intenção de divulgar os projetos institucionais que estão se desenvolvendo no campus: o Atlas Ambiental de Diadema, a rede de bioativos e o Centro de Formação de Educadores da Escola Básica (CEFE). A programação ainda contou com a palestra de integridade acadêmica e a participação do professor Elisaldo Carlini, momento em que abordou a questão do uso medicinal dos princípios ativos da Cannabis Sativa e da maconha.

Ocorreram participações de alunos do ensino médio através do PIBIC-EM e alunos do primeiro ano da graduação, assim como projetos de alunos mais experientes da pós-graduação dos diversos programas strictu senso de mestrado e doutorado. Para o vice-diretor do Campus Diadema, Willian Hermoso, o congresso descentralizado é uma atividade pioneira. “Pode ser aperfeiçoado, mas já se revelou, nesta primeira iniciativa, uma experiência vitoriosa”, comemora.

Campus Guarulhos

Mesa sobre Acessibilidade e Inclusão (Créditos: Joana Rodrigues - EFLCH/Unifesp)
Mesa sobre Acessibilidade e Inclusão (Créditos: Joana Rodrigues - EFLCH/Unifesp)

O IV Congresso Acadêmico Unifesp e o V Colóquio de Humanidades, realizados nos dias 11 e 12 de junho no Campus Guarulhos, contaram com a presença da pró-reitora de Graduação, Isabel Quadros, Pró-Reitora de Graduação, do representante da Comissão de Organização Local do evento, Fernando Atique, da doutoranda do Programa de Educação e Saúde na Infância e Adolescência Zilda Borges da Silva e do representante do Sindicato dos Bancários de Guarulhos Luís Carlos dos Santos.

“Foi extremamente rico e proveitoso acompanhar as apresentações e discussões entre graduandos e mestrandos dos mais diferentes cursos e programas; encontros esses que potencialmente frutificarão em uma perspectiva mais rica e plural das trajetórias particulares e da escola como um todo”, afirmou Luís Filipe Silvério Lima, docente do curso de História da EFLCH/Unifesp que, ao lado de 16 outros docentes, compôs a Comissão Organizadora Local do evento.

Fernando Atique afirmou que a organização do congresso em âmbito local lhe permitiu obter duas perspectivas: a primeira, em relação à quantidade de pesquisas produzidas pela EFLCH/Unifesp, um dos maiores campi em número de alunos de graduação e de pós-graduação, refletido nas inscrições recebidas; a segunda diz respeito a possibilidade de ver alunos que ingressaram no Ensino Superior sem ter, em grande parte das vezes, nenhuma referência acerca do ambiente universitário, produzindo conhecimento. “Esta faceta, que é inerente à própria formação da EFLCH/Unifesp, se fez percebida, também, nos próprios estudantes, que ao enfrentarem não apenas a sala de aula, na costumeira relação aluno-docente, começaram a notar que são protagonistas de suas carreiras como produtores de conhecimento”.

Ao longo do congresso, ocorreram mais de 350 apresentações orais distribuídas entre 63 trabalhos do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Pesquisa (PIBIC), 61 pesquisas de Iniciação Científica, entre bolsistas Fapesp e voluntários, quatro trabalhos do Programa de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), três do Programa de Educação Tutorial (PET História), 24 trabalhos entre relatos de experiências, trabalhos de conclusão de curso (TCC) e outros, 51 projetos de monitoria, 25 projetos de extensão, uma pesquisa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), 121 comunicações de pesquisa de mestrandos e doutorandos dos oito Programas de Pós Graduação stricto sensu existentes na EFLCH/Unifesp.

Campus Osasco

Estudantes do Campus Osasco apresentando seus projetos de extensão
Estudantes do Campus Osasco apresentando seus projetos de extensão

No Campus Osasco, o evento contou com mesas redondas que chamaram a atenção para o debate sobre a relação entre universidade e sociedade a partir de ângulos diversos, como as possibilidades de democratização do acesso e de cooperação para a democratização da sociedade, ampliação da participação popular nas definições de políticas públicas, financiamento do ensino superior no Brasil e as políticas de permanência, e relações das universidades públicas entre si, com as empresas, com o setor público e os movimentos sociais.

A apresentação das pesquisas, dos projetos de monitoria e de extensão marcaram os momentos mais concorridos do congresso. Os pôsteres divulgados foram visualizados e discutidos com seus apresentadores ao longo do evento, permitindo conhecimento e debates sobre as atividades do campus no tripé ensino, pesquisa e extensão.

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Campus São José dos Campos

O IV Congresso Acadêmico Unifesp que ocorreu em São José dos Campos contou com cerca de 750 inscritos, dentre os quais a comunidade do Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT) e estudantes de outras instituições da região, como Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Durante os dois dias de evento, os alunos de iniciação científica, os participantes de projetos de extensão, os de programa de bolsas de iniciação à gestão e de programas de monitoria tiveram a oportunidade de apresentar seus trabalhos na forma oral, de pôsteres ou em mesas-redondas.

Campus São Paulo

Mesa de abertura do IV Congresso Acadêmico em São Paulo
Mesa de abertura do IV Congresso Acadêmico em São Paulo

A mesa de abertura do campus São Paulo, no Teatro Marcos Lindenberg, foi precedida por uma exibição de vídeo com a fala de boas-vindas da reitora da Unifesp, Soraya Smaili, que aproveitou o espaço para parabenizar aos 85 anos da EPM. Na sequência, a pró-reitora de Graduação Isabel Quadros destacou os programas agregados ao Congresso Acadêmico da Unifesp e que simbolizam uma oportunidade a estudantes de graduação, pós-graduação e de extensão. A diretora da EPM, Emilia Sato, complementou, dirigindo-se aos(às) estudantes presentes: “Hoje vocês apresentam os primeiros trabalhos. Mais tarde, vocês se apresentarão em congressos nacionais e internacionais”.

Raiane Assumpção, pró-reitora de Extensão e Cultura, discorreu sobre o que se pretendia com a escolha do tema do Congresso: “O evento revela o esforço da universidade em produzir conteúdo que a sociedade reconheça e em dialogar com os problemas que são colocados diante de nós a todo momento. Considerando que os futuros egressos da Unifesp fazem parte dos jovens nascidos já no século XXI, torna-se um grande desafio produzir conteúdo que nos referencie perante a sociedade”.

Seguiu-se à abertura mini-conferência de Renato Janine Ribeiro, professor visitante da Unifesp, ex-ministro da Educação e professor titular da Universidade de São Paulo (USP). Posteriormente, as apresentações de pôsteres de estudantes do Campus São Paulo ocorreram na área aberta (estacionamento) do Teatro Marcos Lindenberg.

Lido 7482 vezes Última modificação em Quinta, 03 Janeiro 2019 13:41

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