Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Unifesp lança nova revista científica
Imagem: Revista de História da Arte quer refletir a interdisciplinaridade e a internacionalização deste campo do saber, trazendo artigos que promovam diálogo com diversas áreas do conhecimento, escritos por pesquisadores(as) de várias partes do mundo
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VI Encontro de Pesquisas em História da Arte (EPHA)
Evento é organizado por discentes e egressos do Programa de Pós-Graduação em História da Arte da EFLCH/Unifesp - Campus Guarulhos
Curso de extensão: A Arte Militante Contemporânea
Dois novos cursos de pós-graduação são aprovados na Unifesp
Os doutorados em Ciências Sociais e História da Arte começam, em 2020, a formar turmas no Campus Guarulhos
Projeto permite troca de informações sobre o Barroco na América Latina e na Europa
Equipe integrada por oito docentes e 30 graduandos fez excursões conjuntas para conhecer de perto contextos históricos e culturais distintos
Grupo de pesquisa na Plaza San Martín, em Buenos Aires (Imagem: Arquivo pessoal)
Grupo de pesquisa na Iglesia de San Ignacio, em Buenos Aires (Imagem: Arquivo pessoal)
Grupo de pesquisa na Igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma (Imagem: Arquivo pessoal)
Texto: José Luiz Guerra
Um projeto de pesquisa promovido pelo curso de História da Arte da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH/Unifesp) - Campus Guarulhos, em parceria com a Universidade de Zurique, na Suíça, possibilitou que docentes e estudantes das duas instituições participassem de atividades conjuntas, visando ao estudo da História da Arte na América Latina.
Denominado New Art Histories: Relating Ideas, Objects and Institutions in the Latin American World, o projeto foi financiado pela Fundação Getty, de Los Angeles (Califórnia), nos Estados Unidos, e incluiu atividades didáticas, confrontando e conectando dois contextos acadêmicos e historiográficos distintos. Funcionou entre 2011 e 2017 e proporcionou viagens de estudo de campo e visitas conjuntas, levando estudantes e professores a se engajarem na exploração dos temas, a questionar cânones estéticos e hábitos intelectuais e a cruzar as fronteiras da História da Arte.
Jens Michael Baumgarten, docente da EFLCH/Unifesp, conta que havia a intenção de dar início ao processo de internacionalização do curso de História da Arte, do qual era – na época – coordenador. E a oportunidade surgiu quando foi convidado para ser professor visitante da Fundação Getty. Durante o período em que exerceu essa função, encontrou-se com Tristan Weddigen, docente da mesma área na Universidade de Zurique, e juntos elaboraram a proposta de trabalho. Esta foi, então, submetida à aprovação da instituição estadunidense, que provê o financiamento de várias linhas de pesquisa, entre as quais a Connecting Art Histories, voltada à História da Arte.
“Uma equipe da Fundação Getty veio ao Brasil para conhecer alguns cursos de História da Arte e identificaram a Unifesp, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) como instituições de relevância internacional que mantinham os cursos mais avançados nessa área.” Segundo Baumgarten, o modelo do projeto, composto por universidades de países diferentes e que contemplava docentes e estudantes de graduação, era inédito.
Um de seus principais objetivos foi permitir que os integrantes tivessem contato in loco com as artes, particularmente com o Barroco Global. Dessa forma, o grupo fez excursões conjuntas à Argentina, à Bolívia, ao México e a alguns países da Europa. O contato serviu também para a integração de graduandos e professores. “Queríamos desconstruir a ideia de “nós” e dos “outros”, já que todos trabalhávamos juntos, brasileiros e suíços”, comentou o docente. Durante o período de vigência do projeto, tanto a Unifesp quanto a Universidade de Zurique promoveram o intercâmbio de oito docentes e cerca de 30 estudantes. Além disso, foram realizados colóquios, simpósios e palestras no Brasil, na Suíça e nos países visitados.
No total, a Fundação Getty investiu US$ 750 mil dólares na iniciativa, acompanhando o andamento das atividades por meio de videoconferência e do envio de relatórios dos coordenadores. Em relação aos estudantes, a instituição adotou como procedimento manter contato com eles por mais tempo, mesmo após o término de sua participação no projeto. “Esse contato normalmente continua por cerca de dez anos, a fim de verificar o impacto do financiamento a longo prazo”, explica o historiador da Unifesp.
Além de possibilitar o desenvolvimento de pesquisas ligadas ao projeto, a experiência, segundo Baumgarten, proporcionou aos envolvidos um salto de qualidade em sua formação acadêmica. “Foi uma experiência fantástica. Você muda a sua visão de acordo com o que conhece. A História da Arte não é simplesmente uma história, mas várias, que precisam estar conectadas”, finaliza.
Jens Baumgarten (à esquerda) e Tristan Weddigen em conferência na Argentina
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BAUMGARTEN, Jens M.; TAVARES, André. Le baroque colonisateur: principales orientations théoriques dans la production historiographique. Perspective: actualité en histoire de l’art, Paris, v. 2, p. 288-307, 2013. Disponível em: <https://journals.openedition.org/perspective/3888#text >. Acesso em: 17 abr. 2019.
FARAGO, Claire; HILLS, Helen; KAUP, Monika; SIRACUSANO, Gabriela; BAUMGARTEN, Jens M.; JACOVIELLO, Stefano. Conceptions and reworkings of baroque and neobaroque in recent years. Perspective: actualité en histoire de l’art, Paris, v. 1, p. 43-62, 2015. Disponível em: <https://journals.openedition.org/perspective/5792#text >. Acesso em: 17 abr. 2019.
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