A Congregação da EFLCH vem a público manifestar sua angústia e indignação com a destruição do prédio e do acervo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, em razão de um incêndio em dois de setembro de 2018. Trata-se de perda irreparável, que atinge nossa história e cultura, a investigação e produção científica, projetos profissionais coletivos focados no bem comum.
A nova tragédia vem se somar a uma lista na qual já figuram o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, o Museu da Língua Portuguesa, a Cinemateca Brasileira, o Liceu de Arte e Ofícios de São Paulo, o Instituto Butantã, entre outras. Prestamos solidariedade aos professores, pesquisadores, estudantes e funcionários da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e repudiamos as tentativas de responsabilizar os seus gestores pelo incêndio. A UFRJ é vítima do que ocorreu e quem a ataca nesse momento pretende destruir outro patrimônio nacional, as universidades públicas.
O luto pelo incêndio na Quinta da Boa Vista não pode nos paralisar. É preciso discutir de forma ampla e explícita as prioridades orçamentárias do governo e as consequências dos cortes de investimentos na educação, na ciência e na cultura.