Primeiramente, é necessário diferenciar resíduos sólidos de rejeitos.
Resíduos sólidos são sobras, excedentes ou subprodutos indesejados geralmente para quem os gerou, provenientes de atividades humanas. Consideram-se resíduos sólidos:
- resíduos propriamente no estado físico sólido ou semissólido;
- líquidos remanescentes, excedentes, cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou quando tal lançamento exige soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível (por exemplo, resíduos líquidos perigosos de laboratório acondicionados em recipientes);
- gases contidos em recipientes.
Se nós tivermos um frasco cujo conteúdo é um resíduo líquido, nós deveremos considerar que o sistema frasco mais conteúdo corresponde a um resíduo sólido.
Resíduos sólidos são passíveis de reutilização, reciclagem e/ou tratamento, tendo em vista recursos econômicos e/ou tecnológicos disponíveis, bem como aspectos legais, sociais e ambientais.
Quanto aos rejeitos, estes são resíduos dos resíduos. Não podem ser reutilizados, nem reciclados, nem tratados, de modo que devem ser encaminhados para disposição final ambientalmente adequada, em aterros que atendam a todo escopo de legislação e normas vigentes.
A categorização de um material remanescente como resíduo sólido ou rejeito é dinâmica, pois depende da região. Por exemplo, em um país, determinado objeto descartado pode ser reciclado; em outra nação, o mesmo objeto não pode ser reutilizado, nem reciclado, nem tratado e, portanto, é caracterizado como rejeito. Então, esse enquadramento vai depender das condições econômicas, estruturais, políticas e tecnológicas da nação, da região, do local em questão.
Considerando esse cenário, na perspectiva das tecnologias disponíveis, o isopor (material plástico rígido de poliestireno expandido) é reciclável por meio de processo mecânico, energético ou químico. Para saber mais sobre esses processos, clique aqui e aqui.
Cabe verificar se o método de reciclagem é ambientalmente adequado, socialmente justo, economicamente viável e legalmente válido, na realidade dos municípios, das cooperativas e das estações de processamento e transformação. No âmbito da coleta seletiva urbana, consulte nos canais oficiais da prefeitura as regras e os resíduos aceitos.
Importante: lembre-se de que, na hierarquia de gestão e de gerenciamento de resíduos sólidos, a ordem de prioridade é não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final.