Entre os dias 30 de setembro e 4 de outubro, a UNIFESP – Universidades Federal de São Paulo, também comemorando os 30 anos da UNIFESP realizou a 10.ª edição do Congresso Acadêmico Unifesp com tema Incluir, Inovar e Fortalecer. Do dia 1º ao dia 3 de outubro a EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – UNIFESP campus Osasco promoveu as atividades presenciais do Congresso. Ao longo desses três dias, a comunidade e convidados participaram ativamente do Congresso.
Durante os três dias os discentes apresentaram seus Projetos e Programas de Extensão e Cultura e participaram de Sessões Científicas dedicadas à exposição de trabalhos de Iniciação Científica, Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) e Pesquisas de Pós-Graduação. No total, mais de 70 trabalhos foram apresentados e discutidos, abrangendo temas fundamentais para as áreas de administração, economia, direitos humanos, justiça social e educação.
No Congresso também aconteceram mesas de discussões temáticas e palestras com docentes da UNIFESP e convidados. Abrindo as mesas de discussão, a mesa sobre o Caso Castelinho, que trouxe à tona a recente condenação do Brasil pela Corte Interamericana de Direitos Humanos em relação à Operação Castelinho, ocorrida em 2002. Surrailly Fernandes Youssef, defensora pública, e Luciana Barbosa, vítima de violações de direitos humanos no caso, participaram da discussão moderada pela professora Carla Osmo, do Departamento de Direito da EPPEN-Unifesp. A mesa destacou as implicações jurídicas e sociais dessa decisão, ampliando o debate sobre a atuação das forças de segurança e a defesa dos direitos humanos.
Ainda no dia 1º, a mesa sobre os Rumos de Carreira em Pesquisa em Administração trouxe importantes reflexões acerca da inserção da pesquisa como foco principal na carreira de administradores. Com a participação da professora Luísa Veras de Sandes-Guimarães, da USCS, e da professora Taís Pasquotto Andreoli, o debate foi mediado pelo professor Durval Lucas Jr., ambos do Departamento de Administração da EPPEN-Unifesp. A mesa abordou temas como os desafios do financiamento para a pesquisa e a fuga de cérebros, além da necessidade de fortalecer a conexão entre universidade e sociedade.
No mesmo dia, foi realizada a mesa sobre Modelagem de Risco em Instituições Financeiras, com a presença de Juliana de Lima Tavares, do Banco BV, e Paulo de Souza José, do FIS, sob a moderação de Luiz Augusto Finger França Maluf, do Departamento de Ciências Atuariais da EPPEN-Unifesp. A discussão focou nos aspectos regulatórios do mercado financeiro, com destaque para temas como solvência, provisões técnicas e reservas de capital, oferecendo uma análise detalhada das práticas de gestão de risco no setor.
No dia 2 de outubro, o congresso continuou com uma rica programação, começando pelo debate sobre o programa Nova Indústria Brasil, lançado pelo governo federal. Mauro Catharino V. da Luz, do INPI, e Renato H. de Gaspi, da Universidade Centro-Europeia, discutiram as possibilidades e limites desse programa, questionando até que ponto as políticas públicas tradicionais, como subsídios e incentivos fiscais, podem estimular a economia e ajudar a reverter a desindustrialização no Brasil. A moderação ficou por conta de Beatriz Saes, do Departamento de Economia da EPPEN-Unifesp.
Na mesma data, outra discussão relevante foi sobre o Processo de Governança da Área Financeira das Corporações, conduzida por Weslei Camelo Lopes, do Grupo Enel Brasil, Wagner Schmidt e José Milton Almeida da Silva, do Departamento de Ciências Contábeis da EPPEN-Unifesp. A mesa abordou o funcionamento interno das áreas financeira e contábil das empresas, analisando a interface entre diferentes atividades e os desafios da governança corporativa na gestão eficaz dessas áreas.
O último dia presencial do evento, 3 de outubro, foi marcado por discussões sobre educação e sustentabilidade. A mesa sobre Transições Justas, conduzida por Andrea Lampis, do Departamento Multidisciplinar da EPPEN-Unifesp, Raissa Wihby Ventura e Flávio Tayra, do Departamento de Economia da EPPEN-Unifesp. O grupo de pesquisa, recentemente reconhecido pelo CNPq, discutiu suas principais linhas de atuação, como justiça climática e ecologia da reparação, e a relação desses temas com a crise climática enfrentada pelo Brasil.
Outro destaque do dia foi a mesa sobre Educação Superior e a Luta Antirracista reuniu Renato Xavier, do CEPRAP, Bianca Serrão, graduanda do curso de Direito da EPPEN-Unifesp, e Adriana Moreira, da UNEafro Brasil, sob a moderação de Acácio Augusto, do Departamento de Relações Internacionais da EPPEN-Unifesp. Os participantes refletiram sobre a necessidade de reformulações curriculares para incluir a questão racial de forma mais incisiva no ensino superior, além de debater os avanços e os desafios na democratização da educação para a população negra no Brasil.
Fechando as atividades acadêmicas, João Tristan Vargas, do Departamento Multidisciplinar da EPPEN-Unifesp, conduziu uma palestra sobre a Investigação Científica e a Construção do Conhecimento, destacando as articulações entre a pesquisa científica, a reflexão filosófica e a atuação prática no mundo, especialmente no campo da gestão e política.
Além das mesas e palestras, o Congresso Acadêmico também promoveu uma série de exposições dentro do projeto UMA – Unifesp Mostra Sua Arte, que ocorreram ao longo de toda a semana. A exposição de fotos Realidades Latino-Americanas, coordenada pela professora Fabiana Rita Dessotti, do Departamento de Relações Internacionais da EPPEN-Unifesp, apresentou imagens dos projetos de extensão desenvolvidos sobre a América Central. Já a exposição Olhar sob o Novo Campus, organizado pelo Coletivo EPPEN Cultural, trouxe fotografias capturadas por frequentadores do campus Osasco, retratando o cotidiano e a arquitetura do novo espaço.
Em paralelo, o Coletivo EPPEN Cultural também promoveu a intervenção artística O que te revolta? Qual a sua Paixão? que instigou os participantes a expressar suas emoções e percepções sobre a universidade, enquanto a Biblioteca EPPEN organizou uma exposição de obras sobre temas diversos de arte e cultura, disponível durante o horário de funcionamento da biblioteca.
O Congresso Acadêmico 2024 se consolidou como um espaço de reflexão, troca de saberes e experiências, reafirmando o compromisso da Unifesp em promover debates de alta relevância acadêmica e social.
Agradecimento Especial - Congresso Acadêmico 2024 da Unifesp, Campus Osasco
A comissão organizadora do campus Osasco gostaria de expressar os sinceros agradecimentos a todos que contribuíram para o sucesso do Congresso Acadêmico 2024. A realização deste evento só foi possível graças à colaboração e dedicação dos discentes, docentes, técnicos administrativos em educação (TAEs), terceirizados e convidados, que participaram ativamente das mesas, palestras e exposições, enriquecendo os debates e compartilhando conhecimento.
Um agradecimento especial vai para toda a equipe de moderadores e apoio, cuja dedicação e organização foram fundamentais para garantir que cada atividade ocorresse de maneira eficiente e acolhedora. Vocês desempenharam um papel essencial na condução deste congresso, e por isso, somos imensamente gratos.
Muito obrigado a todos por fazerem deste congresso um evento memorável e inspirador para toda a comunidade acadêmica.