A universidade é, de fato, para todes? Hoje já temos mais de dez anos da lei n° 12.711/2012, popularmente conhecida como ¿Lei de Cotas¿, uma lei que proporcionou o ingresso de muitos estudantes negros ao ensino superior, algo que parecia improvável para nossos pais e avós. Contudo, políticas de ingresso se tornam insuficientes quando olhamos para as adversidades que acompanham estes estudantes.
Se por um lado a trajetória das Ações Afirmativas nos mostra que a Academia se tornou mais diversa, quando vemos que em 2009 os mais ricos ocupavam 55% das vagas nas instituições públicas de Ensino Superior e em 2019 os negros representavam a maioria nas universidades do Brasil, por outro quando vemos o recorte racial das universidades públicas, como no caso da Unifesp, em que pretos, pardos e indígenas representam juntos apenas um terço dos estudantes, percebemos que ações ainda são necessárias a fim de garantir não só a entrada, como também a permanência do estudante negro no ensino superior. Para debater as adversidades que cercam este estudante desde o período pré-vestibular até a universidade convidamos o Frei David da Educafro e a professora Ester Rufino que irão nos apresentar suas perspectivas sobre este tema que é extremamente relevante para pensarmos, em especial, a universidade que hoje representamos, a Unifesp.