PROJETO PEDAGÓGICO (CONFLITOS INTERNACIONAIS E GLOBALIZAÇÃO)

PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
CONFLITOS INTERNACIONAIS E GLOBALIZAÇÃO
OSASCO - AGOSTO DE 2016
  1. JUSTIFICATIVA:
A crescente interdependência econômica, característica do atual ciclo de acumulação capitalista, a complexização do sistema financeiro internacional e a internacionalização das contradições capital/trabalho, desde a consolidação do mundo industrial, vêm intensificando os processos migratórios e, já a partir do final do século XX, é possível dizer dos deslocamentos populacionais como “diásporas globalizadas”. Estas reconfiguram identidades sociais por meio de hibridismos, desterritorializações e desenraizamentos identitários, tendo como anverso, em muitas realidades, a exclusão social dos “deslocados”, o recrudescimento dos nacionalismos e da violência xenofóbica. Os desdobramentos da revolução informacional dos anos 1980 produziram miragens ainda hoje difundidas do mundo como “aldeia global”, no qual fronteiras seriam não apenas encurtadas, mas movediças, e a cooperação econômica e política, promotoras do avanço do capitalismo internacional, levariam tanto ao distensionamento das contradições de classe quanto ao fim da própria história. Da “globalização como fábula”, universo onírico da propaganda e do consumo de massa, à “globalização como perversidade”, em que a realidade periférica no sistema-mundo se sobrepõe à fantasia de suas representações, os conflitos internacionais ganham novas dimensões e passam, na luta hegemônica, a envolver gamas variadas de atores para muito além da modalidade convencional da guerra interestatal e do conflito interempresarial, na luta hegemônica. A ascensão de atores não-estatais, das megacorporações como núcleos ao mesmo tempo concentrados e difusos de poder político e econômico (o que inclui o complexo industrial bélico-armamentista), a consolidação das organizações internacionais, de movimentos sociais de caráter supranacional e mesmo de identidades étnicas que se derramam para muito além das fronteiras políticas anunciam conflitos que reapresentam ao mundo, sob nova roupagem, imagens já conhecidas: dos deslocados da guerra na Síria e da tragédia humanitária no Haiti; dos campos de prisioneiros na Bósnia e aqueles mantidos pelo Estado Islâmico; e dos processos genocidários que seguem em curso no século XX e no recém-parido século XXI. Frente a um novo fluxo de transformações, antigos fenômenos ganham novas configurações e demandam movimentar os disponíveis referenciais teóricos-conceituais com vistas a sua compreensão e, muitas vezes, superação. É em função dessas demandas que o curso pretende contribuir para a análise crítica do mundo contemporâneo a partir de um sentido demarcado: os conflitos internacionais neste mundo global demarcado e caracterizado intensamente pelas tiranias do dinheiro, do consumo e da informação.
  1. OBJETIVOS (GERAL E ESPECÍFICO):
Como objetivo geral, pretende-se analisar criticamente os conflitos internacionais no mundo contemporâneo, no decurso do atual ciclo sistêmico de acumulação capitalista: o de intensificada mundialização do capital.
Como objetivos específicos faz parte do escopo a compreensão de processos como: as dinâmicas da globalização; o desenvolvimento do capitalismo histórico; o processo de financeirização do capital; as contradições da economia internacional; as guerras contemporâneas; os massacres de populações civis; os processos genocidários; as disputas por fontes de energia e questões de segurança energética; a diplomacia internacional em situações de conflito; imperialismo e hegemonia no sistema-mundo capitalista; os acordos internacionais; a geopolítica global; os confrontos civilizacionais; os deslocamentos populacionais; os refugiados de guerra; os direitos humanos; as organizações internacionais e os acordos internacionais, dentre outros.
  1. CONCEPÇÃO DO CURSO:
O curso foi concebido com a finalidade de promover um ambiente para a análise crítica dos conflitos internacionais à luz dos elementos que informam o processo de globalização: a interdependência econômico-financeira, a reorganização do espaço geopolítico global, a nova divisão internacional do trabalho, a revolução informacional, os deslocamentos populacionais, a redefinição do sistema interestatal frente à ascensão das megacorporações, de regimes e organizações internacionais. Sendo o mote central a análise crítica desses processos, em termos inter e multidisciplinares, as abordagens teórico-conceituais abordam teorias da globalização, de sistema-mundo e economias-mundo, da guerra, do imperialismo e o conceito de hegemonia aplicado às relações internacionais, valendo-se ainda de elementos de Antropologia Cultural (os conceitos de hibridismo, multiculturalismo, diáspora e desterritorialização), de História Social (História Vista de Baixo, História dos Vencidos, História e Movimentos Sociais etc.), de Sociologia (Sociologia do Trabalho, Sociologia Urbana) a elementos de Cultura Política e Geografia. A abordagem é nova e tende a compor cabedais teórico-conceituais provenientes de diversas áreas de conhecimento a fim de lidar com a crescente complexização do mundo contemporâneo e os multifacetados conflitos que ele encerra. O curso mantém parceria com o Grupo de Pesquisa “Conflitos armados, massacres e genocídios na era contemporânea”, da Universidade Federal de São Paulo, também sediado no Campus Osasco.
  1. PÚBLICO ALVO:
Alunos com nível superior concluído em cursos reconhecidos pelo MEC, em áreas como: Economia, Relações Internacionais, Direito, História, Geografia, Ciências Sociais, Filosofia, Jornalismo etc. Pretende-se que os egressos tenham habilidades e competências para a análise crítica de conflitos internacionais no mundo contemporâneo.
  1. INTERDISCIPLINARIDADE:
Cada disciplina contará com dois a três docentes de áreas distintas de conhecimento, que elaborarão conjuntamente os conteúdos a fim de privilegiar abordagens interdisciplinares. Outrossim, os docentes atuarão na mesma disciplina, revezando-se em aulas cujo enfoque buscará o contato de uma determinada área de conhecimento com referenciais teórico-conceituais comuns a outras disciplinas. Com isso, espera-se que o alunado detenha ferramentais analíticos para muito além de um exclusivo campo disciplinar, a fim de lidar com problemas/objetos que são, em essência, multifacetados e cuja análise demanda ferramentas interdisciplinares.
  1. ATIVIDADES COMPLEMENTARES:
Leitura especializada; análise crítica de bases informativas diversas (papéis governamentais, registros fílmicos, sonoros e iconográficos, oralidade e diversos outros suportes); atividades de pesquisa; visita a centros de memória, museus e centros de pesquisa; participação em eventos; organização de seminários e oficinas para análise de conflitos internacionais em curso.
  1. SISTEMAS DE AVALIAÇÃO:
A frequência mínima obrigatória é de 75% e será controlada pelos docentes durante as aulas. A média para aprovação em cada disciplina é 7,0. O professor coordenador de cada disciplina poderá optar pela aplicação de até 3 (três) instrumentos de avaliação, podendo consistir em trabalho de pesquisa, resenha, seminário ou prova escrita.
Ao término do curso o aluno deverá apresentar Trabalho de Conclusão de Curso, em forma de monografia (cujas normas seguem descritas adiante) e defendido em banca com um arguidor.
Por sua vez, os alunos avaliarão os professores, a coordenação do curso, o atendimento administrativo e as instalações físicas do campus por meio de questionário eletrônico não identificado.
  1. CERTIFICAÇÃO:
Os certificados serão expedidos e registrados pela Pró-Reitoria de Extensão da UNIFESP, mediante solicitação da Coordenação do Curso que colocará no SIU (Sistema de Informações Universitárias) as informações acadêmicas dos alunos (notas e frequências das disciplinas, título e nota da monografia) comprovando a aprovação em todas as disciplinas, sejam elas teóricas e/ou práticas e a realização de TCC – Trabalho de Conclusão de Curso ou Monografia.
  1. INFRAESTRUTURA PARA O OFERECIMENTO DO CURSO
Local de desenvolvimento das aulas teóricas:
Universidade Federal de São Paulo – Campus Osasco/ SP – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Rua Angélica, n. 100, Jardim das Flores, Osasco, SP.
Demanda para consecução das aulas teóricas:
Uma sala de aula com 40 lugares, aos sábados, das 8h às 18h.
  1. CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO:
360h.
  1. DIAS E HORÁRIOS DE OFERECIMENTO DO CURSO
Sábados, das 8h às 18h.
  1. NÚMERO DE VAGAS
40 vagas.
  1. PERÍODO DE INTEGRALIZAÇÃO DO CURSO
2 anos. 
  1. CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DOS ALUNOS
Análise de curriculum vitae e Entrevista individual.
  1. GRADE CURRICULAR:

1º Semestre

Disciplina

Carga horária

Globalização: Agentes, Dinâmicas e Conceitos

30h

Conflitos Internacionais Contemporâneos

30h

Economia Política Internacional

60h

2º Semestre

Disciplina Carga horária

Pensamento e Metodologia da Pesquisa

30h

Seminários de Pesquisa

30h

Deslocamentos Populacionais e Diáspora Globalizada

30h

Cultura e Hegemonia no Mundo Global

30h

3º Semestre

Disciplina Carga horária

Geopolítica: Relações entre Território e Poder no Concerto das Nações

30h

Massacres e Genocídios na Era Contemporânea

60h

Teorias da Guerra

30h

4º Semestre

Trabalho de Conclusão de Curso

  1. ESTRUTURA DISCIPLINAR
GLOBALIZAÇÃO: AGENTES, DINÂMICAS E CONCEITOS
Carga horária total: 30 horas
Professor responsável: Prof. Dr. Daniel Monteiro Huertas
 
EMENTA:
Para uma compreensão de viés crítico sobre o que se convencionou chamar de globalização, é necessário esclarecer que, por trás de fábulas construídas para justificar o vertiginoso movimento de internacionalização do capital após a queda do socialismo real, existe um processo histórico de luta por poder e hegemonia em âmbito mundial. A partir desta perspectiva, o curso proporciona novas e amplas possibilidades de relacionar o fenômeno da globalização com os conflitos internacionais contemporâneos.
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. Globalização em perspectiva histórica (i): da economia-mundo ao imperialismo; 2. Globalização em perspectiva histórica (ii): do pós-guerra ao neoliberalismo; 3. Globalização em perspectiva teórica (i): a multiplicidade de interpretações, ou metáforas da globalização (Octávio Ianni); 4. Globalização em perspectiva teórica (ii): desencantamento e racionalização do mundo (Weber); 5. Globalização em perspectiva teórica (iii): celebração tecnológica em “aldeia global” (Marshal McLuham) e “sociedade em rede” (Manuel Castells); 6. Globalização em perspectiva teórica (iv): variáveis do meio técnico-científico-informacional e a tirania do dinheiro e da informação (Milton Santos); 7. O mundo não é plano: redes, fluxos e fixos na dinâmica perversa da globalização.
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ARRIGHI, Giovanni. (1996) O longo século XX: dinheiro, poder e as origens de nosso tempo. 1.ed. 7.reimp. São Paulo: Unesp, 2009.
BARBOSA, Wilson do Nascimento. Globalização, uma péssima parceria, in São Paulo em Perspectiva (Fundação Seade), vol.12, n.3, jul-set 1998, p.79-88.
CASTELLS, Manuel: A sociedade em rede – A era da informação: economia, sociedade e cultura, v. 1. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
IANNI, Octávio: Teorias da Globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
McLUHAM, Marshall: Os meios de comunicação como extensões do homem (Understanding media). São Paulo: Cultrix, 2002.
RODRÍGUEZ-POSE, Andrés e CRESCENZI, Riccardo. Montanhas em um mundo plano – porque a proximidade ainda importa para a localização da atividade econômica, in Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais (Anpur), v.11, n.2, nov.2009, p.9-30.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 11.ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.
_______________. A natureza do espaço: 4.ed. 1.reimp. São Paulo: Edusp,
2004.

CONFLITOS INTERNACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
Carga horária total: 30 horas
Professor responsável: Prof. Dr. Antonio Roberto Espinosa
 
EMENTA:
Contribuir para a formação de quadros intelectuais bem informados e sensíveis às novas formas de disputas entre nacionalidades, etnias, burocracias estatais, classes e grupos sociais, capitais, conglomerados econômicos e financeiros, para a compreensão do incessante devir das conjunturas internacionais, logo capazes de ordenar a crescente e nem sempre coerente massa de informações sobre as guerras, conflitos e tensões globais, ou que assim podem ser classificadas por envolverem o contato ou a disputa entre atores estatais, superestatais, paraestatais ou infraestatais.
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. A corrida armamentista para a produção de armas de destruição em massa; 2. A ascensão de novos atores e a disputa pela hegemonia regional e mundial; 3. Permanências da Guerra-Fria; 4. Disputas no Cáucaso, na região do báltico e na Ucrânia; 4. Tensões entre China, Rússia, União Europeia e Estados Unidos; 5. A confluência entre os subsistemas do Oriente Médio e da Ásia Central; 6. A guerra civil na Síria e a formação do Estado Islâmico; 7. As instabilidades no Líbano e na Jordânia; 8. Os tratados do P5+1 para a desativação de centrais atômicas iranianas; 9. A radicalização das disputas entre Arábia Saudita e Irã; 10. A questão israelo-palestina; 11. O debate teórico acerca da hegemonia dos Estados Unidos no sistema internacional pós-Guerra Fria; 12. O novo papel da Europa; 13. Emergências de Estados do antigo Terceiro e Quarto mundos.
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ALI, Tarik. Confronto de fundamentalismos – Cruzadas, jihads e modernidade. Rio de Janeiro: Record, 2002.
ANDERSON, Perry. O fim da história – De Hegel a Fukuyama. Rio de Janeiro: Zahar, 1992.
CECEÑA, Ana Esther (org.). Nova hegemonia mundial – Alternativas de mudanças e movimentos sociais. São Paulo: Glacso (livros), 2005.
ESPINOSA: Antonio Roberto. O ônus da prova neoconservadora – Reflexões sobre as teorias que levaram à Segunda Guerra do Golfo. São Paulo: FESP, 2005.
HOBSBAWN, Erik. Globalização, democracia e terrorismo. São Paulo: Compasnhias das Letras, 2008.
HUNTINGTON, Samuel P. O choque de civilizações –E a recomposição da ordem mundial. Rio de Janeiro, 1997.
JUDT, Tony; SNYDER, Timoth. Pensando o século XXI. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
SAID, Edward. Orientalismo – O Oriente Médio como criação do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
WHITTAKER, David J. Terrorismo – Um retrato. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 2005.
ZAGNI, Rodrigo; BORELLI, Andrea (orgs.). Conflitos armados, massacres e genocídios: Constituições e violações ao direito de existência na era contemporânea.Belo Horizonte: Fino Traço, 2013.
 
ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL
Carga horária total: 60 horas
Professor responsável: Profa. Dra. Fabiana Rita Dessott
 
EMENTA:
O curso discutirá a definição de economia política, o processo de evolução do capitalismo e os aspectos políticos das relações econômicas internacionais. Serão estudadas as relações entre a formação do mercado mundial e o moderno sistema de Estados, teorias da globalização e as relações entre poder político, poder financeiro e as organizações internacionais.
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. A natureza e a dinâmica da Economia Política; 2. O comércio internacional: ganhos, padrões e políticas comerciais; 3. Comércio internacional e crescimento econômico; 4. O Sistema Bretton Woods; 5. Conceitos e teorias do movimento internacional de capital e do fenômeno de globalização; 6. O processo de financeirização da economia.
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
CHESNAIS, François. A Mundialização do Capital. São Paulo: Xamã, 1996.
CHESNAIS, François. A finança Mundializada. São Paulo: Boitempo, 2005.
EICHENGREEN, Barry. A Globalização do Capital: Uma História do Sistema Monetário Internacional. São Paulo: Editora 34, 2000.
GILPIN, Robert. A Economia Política das Relações Internacionais. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2002.
HIRST, Paul e THOMPSON, Grahane. Globalização em questão. Rio de Janeiro: Vozes, 1998.
IANNI, Octávio. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.

PENSAMENTO E METODOLOGIA DA PESQUISA
Carga horária total: 30 horas
Professor responsável: Prof. Dr. Fábio Cesar Venturini
 
EMENTA:
Introduz o estudante aos protocolos típicos da pesquisa científica, desde os primeiros passos de como realizar uma leitura voltada ao trabalho de produção científica do conhecimento até a elaboração de projeto de pesquisa e instrumentos para coletas de dados. Parte da reflexão filosófica e histórica a respeito da própria ciência como hipertrofia dos sentidos para qualificação do senso comum, como parte de um trabalho universal de finalidade social. Problematiza os usos da ciência. Privilegia a busca de problemas de pesquisa a partir de questões relevantes, de interesse social e verificação exequível, com ênfase nas ciências pertinentes ao estudo dos conflitos internacionais e da globalização (Política, História, Sociologia, Economia etc.) em constante diálogo com áreas da filosofia: a estética, a ética, a moral, a epistemologia, a dialética e a ontologia.
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
Introdução; 1. Dando os primeiros passos: como fazer a leitura para pesquisa científica; 2. Análises de texto; 3) Como montar seminários; UNIDADE I – Aspectos epistemológicos da pesquisa; 1) Conhecimento e saber – a ciência como hipertrofia dos sentidos; 2) A ciência e sua historicidade; 3) Matemática, a interface linguística entre a realidade unívoca e o homem; 4) Características da ciência moderna; 5) Ciência geral, ciências particulares e a pesquisa em conflitos internacionais; 6) Ciência, técnica e tecnologia no mundo capitalista; UNIDADE II – O método e o trabalho científico; 1) Os métodos de abordagem como resultado da reflexão político-filosófica; 2) Etapas do trabalho científico – das questões à busca por fontes; 3) Técnicas procedimentais; 4) Aspectos éticos da pesquisa; 5) A redação científica; 6) Elaboração do projeto de pesquisa; Encerramento: Início do trabalho prático; Seminário de apresentação de projeto de pesquisa em conflitos internacionais e globalização.
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ALVES, Rubem: Filosofia da Ciência – Introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: Brasiliense, 1981.
ANDREY, Maria Amália et. alii: Para compreender a ciência – Uma perspectiva histórica. São Paulo: Educ, 2004.
ECO, Umberto: Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 2005.
FREIRE, Paulo: Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro; Paz e Terra, 1987.
KUHN, Thomas S.: A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1970.
OMNÈS, Roland: Filosofia da ciência contemporânea. São Paulo: Editora Unesp, 1996.
POPPER, Karl: A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix, 1993.
SANTOS, Boaventura de Souza: A crítica da razão indolente – Contra o desperdício de experiência. São Paulo: Cortez, 2011.
SANTOS, Milton: Espaço e método. São Paulo: Edusp, 2014.
WEBER, Max: A ciência como vocação. Disponível em < https://www.marxists.org/portugues/weber/1917/mes/ciencia.htm>.

SEMINÁRIOS DE PESQUISA
Carga horária total: 30 horas
Professor responsável: Profa. Dra. Esther Solano
 
EMENTA:
A disciplina tem o objetivo de acompanhar o desenvolvimento das pesquisas desenvolvidas pelos alunos, enfatizando as técnicas e procedimentos de coleta de dados, análises dos dados coletados e elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso. Privilegiará a organização de atividades didático-acadêmicas com o escopo de discutir os temas de pesquisa desenvolvidos pelos alunos, como seminários, palestras, conferências, encontros de pesquisa etc.
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. Aprofundamento de temas relacionados às pesquisas dos pós-graduandos; 2. Atividades voltadas à discussão teórica metodológica e técnica sobre o desenvolvimento das pesquisas em curso; 3. O projeto de pesquisa; 4. Métodos de pesquisa em execução; 5. A organização do trabalho científico; 6. Acompanhamento das atividades de pesquisa; 7. Avaliação bibliográfica; 8. Palestras de professores e pesquisadores convidados a fim de apresentarem suas pesquisas.
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ALVEZ-MAZOTTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER. O método nas ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira, 1998.
ANDERY, Maria Amália. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. Rio de Janeiro: Espaço e tempo; São Paulo: EDUC, 1996.
CARDOSO, Onésimo. Hipótese na pesquisa científica: conjucturas necessárias; Revista Unicsul, Ano 4, n° 5, abril 1999.
CHALMARS, A. F. O que é Ciência Social? São Paulo: Brasiliense, 1993.
DEMO, Pedro. Conhecimento moderno: sobre ética e intervenção do conhecimento. Petrópolis: Vozes, 1997.

 
DESLOCAMENTOS POPULACIONAIS E DIÁSPORA GLOBALIZADA
Carga horária total: 30 horas
Professor responsável: Profa. Dra. Claudia Moraes de Souza
 
EMENTA:
Estudo da dinâmica e fundamentos dos deslocamentos populacionais no século XXI. Análise histórica contemporânea das relações entre as populações migrantes e as sociedades receptoras abrangendo as transformações ocorridas nos países receptores. Analise dos problemas e dilemas das populações migratórias originadas de desastres ambientais, guerras, problemas econômicos e sociais entre outras causas. Identificação e estudo das relações e efeitos entre as populações migrantes e as sociedades dos países receptores. Estudo de caso de histórias de vida de migrantes e imigrantes e mapeamento as redes sociais e lutas políticas empreendidas pelos grupos nos territórios receptores. Identificar e analisar politicas de acolhimento.
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. Dinâmica e fundamentos dos deslocamentos populacionais no século XXI; 2. As relações entre populações migrantes e sociedades receptoras; 3. Problemas e dilemas daspopulações migratórias; 4. Deslocamentos populacionais em situações de desastres ambientais, guerras, problemas econômicos e sociais; 5. Histórias de vida de migrantes e imigrantes; 6. Mapeamento de redes sociais e lutas políticas empreendidas pelos grupos nos territórios receptores; 7. Políticas de acolhimento.
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ACNUR. Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. A Situação dos Refugiados no Mundo. Cinquenta anos de ação humanitária. Genebra: ACNUR, 2000.
CASTLES, M.A Era da Informação: O Poder da Identidade. São Paulo: Paz e Terra, 2013.
PATARRA, N. L. Migrações Internacionais: teorias, políticas e movimentos sociais. Estud. Av., São Paulo, v.20, n. 57, ago. 2006.
SASSEN, Saskia. Territory, Authority, Rigths. Princeton: Princeton University, 2008
SAYAD, Abdelmalek. A Imigração ou os paradoxos da alteridade. São Paulo: EDUSP, 1998.
 

TEORIAS DA GUERRA
Carga horária total: 30 horas
Professor responsável: Prof. Dr. Antonio Roberto Espinosa
 
EMENTA:
Promover a compreensão das teorias necessárias à ordenação dos eventos internacionais e das relações interestatais e externas, capacitando os alunos a interpretar de forma autônoma as conjunturas internacionais pós-Guerra Fria, a chamada Guerra Preventiva ao Terrorismo, a diplomacia contemporânea, a atuação dos organismos superestatais, sobretudo o Conselho de Segurança da ONU, e os reiterados conflitos bélicos que marcam as duas primeiras décadas do século XXI.
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. Teorias Clássicas da guerra: Carl von Clausewitz; 2. Abordagens anteriores: Tucídides, Sun-Tzu, Nicolau Maquiavel, Alberico Gentili, Emerich Vattel e Antoine Henry-Jomini; 3. Aprofundamentos posteriores à teoria clausewitziana: Alfred Mahan, Julian Corbett e Giuliu Douhet; 4. O emprego racional da força: Liddel Hart, Raymond Aron, Vladimir Lênin, Antonio Gramsci, Peter Parret, John Alexander, Hew Strachan, Robert Cox.
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ARON, Raymond. Paz e guerra entre as nações. Brasília: Universidade de Brasília, 1986.
CLAUSEWITZ, Carl von. Da guerra. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
COX, Robert. Approachs to world order. Cambridge: Cambridge Studies in International Relations/Paperbook, 1996.
GROTIUS, Hugo. O direito da guerra e da paz (De Juri Belli ac Pacis). (2ª ed.) Ijuí: Unijuí, 2005.
KEEGAN, John. A batalha e a história. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 2006.
LIDDELL HART. As grandes guerras da história [Strategy, 1954]. (2ª ed.) São Paulo: Ibrasa, 1967.
MAQUIAVEL, Nicolau. A arte da guerra (1520). São Paulo: LPM, 2007 (edição digital).
MORGENTHAU, Hans. A política entre as nações – A luta pelo poder e pela paz. Brasília/São Paulo: UNB/IOESP, 2003.
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Coleção IPRI. Brasília/SP: UNB/IOESP, 1982. Disponível na Internet em www.funag.gov.br.
TZU, Sun. A arte da guerra. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 2003.
 

GEOPOLÍTICA: RELAÇÕES ENTRE TERRITÓRIO E PODER NO CONCERTO DAS NAÇÕES
Carga horária total: 30 horas
Professor responsável: Prof. Dr. Daniel Monteiro Huertas
 
EMENTA:
A partir de uma compreensão básica de conceitos-chave em geopolítica, interrelacionando-os com a conjuntura histórica no qual foram forjados, o curso pretende estender e ajustar os referenciais teórico-metodológicos para temas considerados imprescindíveis para a pauta geopolítica do mundo contemporâneo e sua conexão com os conflitos internacionais no mundo globalizado.
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1.Geopolítica: bases teóricas e conceituais; 2. A configuração do Terceiro Mundo no seio da Guerra Fria e sua inserção no mundo globalizado; 3. Rumo a uma convergência do Terceiro Mundo? Brics, quem são e o que pretendem? 4. China: crescimento econômico e questões geopolíticas; 5. Pautas geopolíticas estratégicas do século XXI (i): segurança energética; 6. Pautas geopolíticas estratégicas do século XXI (ii): segurança alimentar e meio ambiente; 7. Panorama geopolítico contemporâneo.
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
COSTA, Wanderley Messias da. Geografia política e geopolítica. 2.ed. São Paulo: Edusp, 2008.
DOWBOR, Ladislau. A formação do terceiro Mundo. São Paulo: Brasiliense, 1989.
GUIMARÃES, Samuel Pinheiro. Quinhentos anos de periferia: uma contribuição ao estudo da política internacional. 5.ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 2007.
HAESBAERT, Rogério e PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A nova des-ordem mundial. 2.reimp. Campinas: Unesp, 2006 (Coleção Paradidáticos).
HURRELL, Andrew. Hegemonia, liberalismo e ordem global: qual é o espaço para potências emergentes?, in HURRELL, LIMA , HIRST et al. Os Brics e a ordem global. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009, p.9-41.
JABBOUR, Elias. China hoje: projeto nacional, desenvolvimento e socialismo de mercado. São Paulo/Campina Grande: Anita Garibaldi/Eduepb, 2012.
MSIa. A fraude do aquecimento global. Movimento de Solidariedade Ibero-Americana (MSla), 2007, mimeo.
OLIVEIRA, Henrique Altemani de. Brasil e China: Cooperação Sul-Sul e parceria estratégica. Belo Horizonte: Fino Traço, 2012.
RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.
TOLMASQUIM, Mauricio e GUERREIRO, Amilcar. O Brasil como potência energética, in IPEA. Traçando novos rumos: o Brasil em um mundo multipolar. Brasília: IPEA/Foresight, 2011, p.29-32.
 

MASSACRES E GENOCÍDIOS NA ERA CONTEMPORÂNEA
Carga horária total: 60 horas
Professor responsável: Prof. Dr. Rodrigo Medina Zagni
 
EMENTA:
Compreender o lugar histórico dos massacres e genocídios na conformação do mundo contemporâneo a partir de seus vetores econômico, político e social. Análise dos massacres e genocídios na era contemporânea a partir de casos paradigmáticos como a Genocídio Armênio, o Holocausto Judeu, o Genocídio em Ruanda, o Genocídio em Srebrenica, o Genocídio em Darfur e processos morticidas para os quais a aplicação do conceito jurídico-formal de genocídio é objeto ainda de intensa controvérsia.
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. Guerra e exterminismo na era contemporânea; 2. A figura legal do genocídio e a luta pelo direito à existência na história recente; 3. O Genocídio Armênio: especificidades e regularidades no primeiro genocídio da era contemporânea; 4. O Holocausto Judeu: perseguição, guetoização e a industrialização do morticínio; 5. Exterminismo e Guerra Fria: a era nuclear e as possibilidades de destruição civilizacional; 6. O terrorismo de Estado: as ditaduras militares e as violações de direitos no Cone Sul; 7. O conflito nos Bálcãs, a Guerra na Bósnia e o Genocídio de Srebrenica; 8. Os conflitos étnico-nacionalistas na África e o Genocídio de Ruanda; 9. A questão palestina 10. O conflito na Síria e os refugiados de guerra.
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
CHALK, Frank; JONASSOHN, Kurt. Historia y sociologia del genocídio: análisis y estúdio de casos. Buenos Aires: Eduntref; Prometeo, 2010.
JONES, Adam. Genocide: a comprehensive introduction. Londres, Nova Iorque: Routledge, 2011.
KIERNAN, Bem. Blood and soil: A World History of Genocide and Extermination from Sparta to Darfur. New Haven, Londres: Yale University Press, 2007.
KUPER, Leo. Genocide: Its political use in the Twentieth Century. Nova Iorque: Penguin Books, 1981.
LEMKIN, Raphael. El domínio del Eje en la Europa ocupada: Leyes de ocupación – Análisis de la administración gubernamental – Propuestas de reparaciones. Buenos Aires: Prometeo Libros; Caseros: Univ. Nacional de Tres de Febrero, 2009.
MALESEVIC, Sinisa. The sociology of war and violence. Cambridge: Cambridge University Press, 2010.
SÉMELIN, Jacques. Purificar e destruir: usos políticos dos massacres e dos genocídios. Rio de Janeiro: Difel, 2009.
ZAGNI, Rodrigo Medina; BORELLI, Andrea (Org.). Conflitos armados, massacres e genocídios: constituição e violações do direito à existência na era contemporânea. Belo Horizonte: Fino Traço, 2013.
 

CULTURA E HEGEMONIA NO MUNDO GLOBAL
Carga horária total: 60 horas
Professor responsável: Prof. Dr. Rodrigo Medina Zagni
 
EMENTA:
Estudo crítico dos processos de globalização econômico-financeira sob o enfoque das hegemonias mundiais e de seu desenvolvimento sistêmico, com ênfase na disputa teórica sobre o conceito de hegemonia, quando aplicado às relações internacionais, e às teorias de sistema-mundo, para a compreensão das dinâmicas de mundialização do capital.
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. A aplicação do conceito de hegemonia em Gramsci à compreensão do mundo contemporâneo; 2. Hegemonia e cultura nas relações internacionais; 3. O papel da cultura no processo de mundialização do capital; 4. Cultura de massa e culturas tradicionais; 5. A cultura do dinheiro; 6. A cultura da guerra; 7. Choque de civilizações?
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ARRIGHI, Giovanni. O longo séc. XX. Rio de Janeiro: São Paulo, Contraponto, UNESP, 1996.
ARRIGHI, Giovanni; SILVER, Beverly J. Caos e governabilidade no moderno sistema mundial, Rio de Janeiro: Contraponto, UFRJ, 2005.
CHESNAIS, François. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996.
GRAMSCI, Antonio. Maquiavel, a política e o Estado Moderno, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1976.
__________. Concepção dialética de história, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1995.
INNOCENTINI, Mário. O conceito de hegemonia em Gramsci, São Paulo, Tecnos, 1979.
JAMESON, Fredric. A cultura do dinheiro. Petrópolis: Vozes, 2001.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã, São Paulo, Boitempo, 2007.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro, São Paulo: Record, 2000.
WALLERSTEIN, Immanuel. El moderno sistema mundial: la agricultura capitalista y los orígenes de la economía – mundo europea en el siglo XVI, México, Siglo Veinteuno, 1979.

  1. DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO:
Deverá ser apresentado ao cabo do quarto semestre do curso, na forma de monografia, conforme as normas da ABNT (NBR 14724 de 2011) e seguindo os seguintes critérios:
  • Estrutura do trabalho
O trabalho deverá ser apresentado impresso e encadernado em 3 vias, sendo mais uma via no formato digital, em CD, para a biblioteca do campus; seguindo a seguinte estrutura:
Capa: devendo conter o nome da instituição, curso, autor, título do trabalho, cidade e ano.
Lombada: deverá conter sigla da instituição, nome completo do autor na ordem direta (impresso longitudinalmente e legível de cima para baixo da lombada) e o ano da entrega.
Folha de rosto: apresenta o nome do autor, título do trabalho, cidade e ano e uma breve nota descritiva, que deve conter o objetivo do trabalho e o nome do orientador.
Ficha catalográfica: Deve ser impressa no verso da folha de rosto, informando, dentro de uma caixa de texto: nome do autor, título do trabalho, local, ano, número de páginas, nome e titulação do orientador, natureza (Trabalho de Conclusão de Curso), instituição, palavras-chave.
Folha de aprovação: Deve conter autor, título, subtítulo (se houver), natureza (trabalho de conclusão de curso); nome da instituição à qual o trabalho é apresentado, indicando o título pretendido (especialista), nome, titulação e assinaturas dos componentes da banca examinadora e instituições a que pertencem, local e data de aprovação. Incluir esta folha devidamente assinada pela banca na versão final do trabalho.
Dedicatória/agradecimentos: espaço no qual o autor presta as homenagens e agradecimentos que considerar adequados.
Epígrafe: citação literal que de certa forma embasou a construção do trabalho, seguida da indicação da fonte, devendo, inclusive, constar das referências listadas ao final do trabalho.
Resumo: Texto de 150 a 500 palavras que sintetiza, em um único parágrafo, as ideias do trabalho.
Palavras-chave: de três de cinco palavras ou expressões que sintetizem o escopo do trabalho.
Resumo em língua estrangeira: poderá ser elaborada em inglês, francês ou espanhol.
Palavras-chave em língua estrangeira: poderá ser elaborada em inglês, francês ou espanhol.
Lista de ilustrações: opcional.
Lista de tabelas: opcional.
Lista de abreviaturas e siglas: opcional.
Lista de símbolos: opcional.
Sumário: apresenta as enumerações das páginas e as respectivas seções do trabalho.
Introdução: deve conter os temas / problemas que serão tratados no trabalho, além da justificativa, objetivos, indicação das fontes de pesquisa, procedimentos teórico-metodológicos e estrutura do TCC.
Desenvolvimento: Deve conter a análise do tema-problema abordado, de forma detalhada e completa, contemplando sua divisão em capítulos.
Considerações finais: é a finalização do trabalho, onde o autor recapitula o tema-problema e apresenta, em forma de síntese conclusiva, os resultados da pesquisa.
Referências:
Livro: sobrenome do autor em caixa alta, nome do autor, título em negrito, cidade, editora e ano de publicação.
Exemplo: SHAKESPEARE, William. A tempestade: peça em 5 atos. Rio de Janeiro: Brasiliense, 1965.
Capítulos de livros: sobrenome do autor, nome do autor, título do texto, “in:”, sobrenome do organizador, nome do organizador, nome do livro, local, editora, ano da publicação.
Exemplo: JOSEPH, Gilbert M. "Encuentros cercanos: Hacia una nueva historia cultural de las relaciones entre Estados Unidos y América Latina". in: SALVATORE, Ricardo (org.). Culturas imperiales: Experiencia y representación en América, Asia y Africa. Rosario: Beatriz Viterbo, 2005.
Artigos em jornais e revistas acadêmicas: sobrenome do autor, nome do autor, título do texto, nome do periódico, número do volume e/ou edição, local, data de publicação.
Exemplo: JERVIS, Robert. “Cooperation under the security dilemma”. World Politics, Vol. 30, No. 2, Nova Iorque, jan. 1978.
Site: sobrenome do autor, nome do autor, título do texto, ano, link e data de acesso.
Exemplo: MORETTI, Isabella. “Regras da ABNT para TCC: conheça as principais normas”. 2014. Disponível em: <http://viacarreira.com/regras-da-abnt-para-tcc-conheca-principais-normas>. Acesso em: 02/02/2015.
Glossário: relação, em ordem alfabética, de palavras ou expressões de uso restrito ou de sentido obscuro, acompanhadas das respectivas definições, com o objetivo de esclarecer o leitor sobre o significado dos termos empregados no trabalho.
Apêndices: textos ou documentos elaborados pelo autor (questionários de pesquisas, tabulação de dados, ilustrações e outros documentos) a fim de complementar sua argumentação. São identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e os respectivos títulos, devendo estar centralizados na folha.
Anexos: documentos não elaborados pelo autor e que servem de fundamentação, comprovação ou ilustração à parte nuclear do trabalho. São identificados por letras maiúsculas e consecutivas, travessão e os respectivos títulos, devendo estar centralizados na folha.
  • Formatação do trabalho:
O texto deverá ter de 50 a 80 páginas, formato A4 (21 cm x 29,7 cm), tipo “Times New Roman”, fonte 12 (incluindo títulos), espaçamento 1,5, justificado, margem superior e a esquerda de 3cm de distância da borda, e inferior e a direita de 2cm. Outros recursos tipográficos (negrito, itálico, maiúsculas e versal, versalete no “Word for Windows”) poderão ser utilizados nos títulos para diferenciar as diferentes seções do trabalho. O recurso de itálico deve ser utilizado para indicar palavras em outros idiomas.
Numeração da página: a contagem começa na folha de rosto, mas só aparece a partir da introdução. Os algoritmos devem aparecer sempre no canto superior direito, a 2 cm da borda.
Notas de rodapé: tipo “Times New Roman”, fonte 10 e espaçamento simples.
Citações: Devem obedecer fielmente as normativas: NBR 6023 de 2002 e NBR 10522 de 1988.
Direta: entre parênteses e separada por vírgulas, traz o sobrenome do autor em caixa alta, o ano de publicação e a página da citação. Se a citação tem menos de três linhas, ela é feita no corpo do texto e contando com aspas duplas. Quando tem mais de três linhas, deve ter um recuo de 4 cm à esquerda, sem destaque de aspas, tipo 10 e espaçamento simples.
Indireta: citação feita dentro do próprio texto, só deve conter sobrenome do autor e ano de publicação entre parênteses.
Estrutura

 

 

 

Estrutura

  1. DOS PROCEDIMENTOS PARA DISTRIBUIÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES
No ato de sua inscrição, os alunos deverão optar uma primeira linha temática e, nela, um orientador; bem como apontar para uma segunda opção tanto de linha temática quanto, nela, um orientador (conforme tabela abaixo). Desta forma, serão distribuídas as orientações de acordo com a proporcionalidade de, em média, 3 orientandos por docente.
 

Área temática

Orientador:

Conflitos internacionais contemporâneos

Antonio Roberto Espinosa

Fábio Luis Barbosa dos Santos

Heitor de Andrade Carvalho Loureiro

Rodrigo Medina Zagni

Cultura e hegemonia no mundo global

Antonio Roberto Espinosa

Cláudia Moraes de Souza

Fábio Cesar Venturini

Fábio Luis Barbosa dos Santos

Rodrigo Medina Zagni

Deslocamentos populacionais e diáspora globalizada

Cláudia Moraes de Souza

Esther Solano

Heitor de Andrade Carvalho Loureiro

Economia Política Internacional

Alberto Handfas

Edmilson Silva Costa

Fabiana Rita Dessotti

Marcelo Soares de Carvalho

Geopolítica, território e poder no concerto das nações

Antonio Roberto Espinosa

Daniel Monteiro Huertas

Globalização: conflitos, agentes e dinâmicas

Cláudia Moraes de Souza

Daniel Monteiro Huertas

Edmilson Silva Costa

Fábio Cesar Venturini

Rodrigo Medina Zagni

Massacres e genocídios na era contemporânea

Heitor de Andrade Carvalho Loureiro

Flávio de Leão Bastos Pereira

Rodrigo Medina Zagni

Teorias da guerra

Antonio Roberto Espinosa

Rodrigo Medina Zagni

  1. DOS PROCEDIMENTOS PARA A DEFESA
Os Trabalhos de Conclusão de Curso serão submetidos a banca para defesa pública de seu conteúdo. A defesa deverá ocorrer durante o 4º semestre do curso, em sessão agendada pelo orientador. A banca será presidida pelo professor-orientador e um arguidor, portador da titulação mínima de Mestre, não sendo necessário pertencer ao quadro de docente do curso ou de servidores da UNIFESP.
O aluno terá 30 minutos para exposição de seu trabalho, seguido da arguição por mais 30 minutos, ao cabo dos quais a banca conferenciará reservadamente a fim de auferir a nota final, que poderá ser: reprovado, aprovado, aprovado com recomendação para publicação; e que será proclamado logo em seguida.
Após a aprovação, o aluno terá 30 dias para depósito da versão final, em formato digital, na biblioteca do campus.
 

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