Construindo pontes entre a academia e a prática sobre as mudanças climáticas.
Na segunda-feira, 08 de abril, o Laboratório de Políticas Públicas Internacionais (Laboppi) realizou o workshop "Transferindo Políticas Públicas Globais Climáticas para Cidades: Pesquisa e Prática". O evento aconteceu no campus de Osasco da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O evento foi dividido em duas partes. O primeiro bloco concentrou-se na apresentação das pesquisas realizadas pelo Laboppi sobre mudanças climáticas. O professor Osmany Porto de Oliveira, da Unifesp, discutiu sua pesquisa sobre "Transferência de Políticas Públicas Globais para o Clima", explorando os espaços transnacionais de formulação de políticas públicas e destacando a importância dos agentes envolvidos nesse processo. Em seguida, Mariana Passos, bolsista de Iniciação Científica pelo CNPQ, apresentou sua pesquisa sobre a atuação das redes transnacionais nas políticas de ação climática em cidades, por meio dos casos da C40 e do ICLEI. A discussão mostrou a importância dos agentes no processo de produção e difusão das políticas públicas globais. Os pesquisadores destacaram a importância de fazer análises a partir da perspectiva multinível, que inclua não apenas os níveis globais e nacionais, mas também governos subnacionais como as cidades, que lidam com o enfrentamento dos efeitos da mudança climática e também são responsáveis pela implementação das políticas públicas globais.
A discussão também se dedicou à análise comparativa dos instrumentos de ação para o clima, examinando os planos de ação climática das cidades de São Paulo, Santiago e Joanesburgo. O professor Osmany Porto de Oliveira, Clara Faria, mestranda na EACH-USP, e Camila Almeida, bolsista de Iniciação Científica pela FAPESP, discutiram e compararam os planos de ação climática das cidades referidas. Concluindo que embora haja um movimento global para padronizar os esforços de ação climática em municípios por meio da disseminação generalizada de Planos, influenciados por forças nacionais e transnacionais, ainda existem diferenças significativas entre eles.
Por Raphaella Hirasawa, bolsista de iniciação científica pelo CNPq, aluna de Relações Internacionais na Unifesp e pesquisadora do Laboppi.