Visita do MDH e CEMDP ao CAAF/Unifesp

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Na última quinta-feira, 14 de novembro de 2024, membros da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) e da equipe do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) visitaram o Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Universidade Federal de São Paulo (CAAF/Unifesp). A visita teve como objetivo o acompanhamento da retomada dos trabalhos de identificação dos remanescentes encontrados na vala clandestina do Cemitério de Perus e dos trabalhos realizados pelo CAAF/Unifesp. A agenda destacou a relevância do trabalho realizado pelo CAAF de identificação de vítimas de desaparecimento forçado e reafirmou a necessidade de haver um compromisso com o fortalecimento das políticas de memória, verdade e justiça.

 

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A delegação da CEMDP contou com a presença de Eugenia Gonzaga, Cecília Adão, Natália Bonavides, Vera Paiva, Ivan Marx, Rafaelo Abritta e Diva Santana. Pela equipe do MDHC, participaram Caio Cateb, Elaine Pires e Carlos Eduardo Paiva. Durante o encontro, foi exposto como se dá o trabalho de identificação realizado pela equipe do CAAF tendo em vista o objetivo de fornecer respostas concretas às famílias das vítimas, que há décadas aguardam pelo direito ao luto e à justiça.

Criado em 2014, o CAAF tem como uma de suas principais missões o trabalho técnico e científico para esclarecer violações de direitos humanos, uma tarefa essencial para a consolidação da democracia no Brasil. A visita da CEMDP e do MDCH realça a importância de uma cooperação entre instituições nesse sentido e, especificamente, de um esforço conjunto para resgatar a verdade histórica e assegurar que as atrocidades da ditadura nunca sejam esquecidas.

Não se pode falar em democracia plena sem garantir o direito à verdade às famílias que enfrentam décadas de sofrimento e de luta por respostas. É ainda fundamental a integração entre órgãos do Estado, academia e sociedade civil para honrar a memória das vítimas e na busca de justiça e reparação por graves violações de direitos humanos cometidas pelo Estado no passado e no presente.