Construção de Base de dados para Antropologia Forense

Base de dados e Antropologia Forense

Esta proposta começou a ser desenvolvida tendo como base o caso da Vala de Perus, em que desaparecidos políticos da ditadura tiveram seus corpos ocultados. Atualmente o CAAF, a partir de um convênio com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Governo Federal e a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo é responsável pelos trabalhos de identificação de desaparecidos entre os mais de mil corpos que dali foram exumados. Este caso forense está sendo desenvolvido há seis anos e já resultou em centenas de documentos produzidos, com no mínimo sete fichas em papel para cada caso.

Algumas etapas de trabalho demandam seleção de casos, o que atualmente é feito a partir de filtros manuais em planilhas de excel. Percebeu-se então a importância de um sistema em que fosse possível preencher os dados, evitando uso de fichas de papel, e que permitisse o cruzamento destas informações de acordo com a demanda do profissional. Neste projeto, propõe-se a elaboração de uma base de dados que contenha quesitos retirados do caso Perus, e de outros projetos desenvolvidos pelo centro de modo que a base possa ser utilizada em diferentes contextos. Entendendo como um investimento público voltado à Antropologia Forense, vemos a importância de que esta estrutura da base possa ser aplicada e partilhada com outros projetos, com uma interface amigável, tornando seu preenchimento mais intuitivo.

Planejamento
Considerando o volume de informações a serem utilizadas para a construção de uma base que interligue dados de contexto, de antemortem, post-mortem e genética, optou-se por iniciar o trabalho com o estudo das fichas, de modo que os bolsistas entendam do que se trata e qual o objetivo final, para facilitar o início da programação que irá estruturar a base. Foram selecionadas fichas em branco do projeto Perus, Crimes de Maio, e outros projetos desenvolvidos pelo centro para planejar abas na base que correspondam as quatro etapas de trabalho indicadas acima.

Equipe
- Construção da base: 5 bolsistas de graduação do curso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, do Campus São José dos Campos.
- Alimentação da base: contratação de 6 bolsistas.
- Supervisão do preenchimento: 1 profissional especialista em Antropologia Forense.
- Organização dos documentos: 1 profissional de história, especializado em arquivos.

Atividades a serem desenvolvidas
As atividades a serem desenvolvidas correspondem a duas etapas. Uma refere-se à construção da base de dados com a interface amigável e outra refere-se à alimentação deste banco, a partir das informações presentes em fichas em papel.

Construção
1) Estudo aprofundado das fichas;
2) Análise e desenvolvimento de ferramentas do portal web;
3) Desenvolvimento da interface do portal web para as fichas;
4) Modelagem Conceitual e Lógica das fichas;
5) Modelagem Física das fichas;
6) Integração da interface do portal com o banco de dados do projeto;
7) Testes de validação do portal web para as fichas;
8) Instalação e Testes no portal Web;
9) Ajustes e acompanhamento.

 

 

 

Projeto “Construção de Base de dados para Antropologia Forense”

Coordenadora: Prof Dr Daniela Musa (Docente do Instituto de Ciência e Tecnologia - Campus São José dos Campos)
Vice-Coordenadora: Aline Feitoza de Oliveira (Antropóloga do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense - Campus Reitoria)
Financiamento: Deputada Natália Bonavides PT - RN (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)