1049 não é um número qualquer e sim o número de caixas que contêm os remanescentes ósseos exumados no Cemitério de Perus/SP, em 1990, de uma vala clandestina onde foram ocultados durante o período da Ditadura Militar.
Em 2014, o Grupo de Trabalho Perus foi criado para analisar e identificar estes remanescentes. A partir desse marco começa a história do CAAF. De lá pra cá, muita coisa aconteceu, outros projetos surgiram, mas todos têm algo em comum: desenvolver pesquisas e formações em direitos humanos, buscar por evidências da violência institucional onde as análises sejam feitas em parceria com os movimentos ou sujeitos em situação de luta social.
Portanto, mais que um número, o 1049 é o canal aberto do CAAF para encontro e trocas, onde vamos conversar sobre violência de Estado, Direitos Humanos, ciências forenses, movimentos sociais y otras cositas más.
O Podcast 1049 é um projeto de extensão da Unifesp e está em sua segunda temporada.
1ª Temporada
Conta com 15 episódios, além da série especial “30 anos da abertura da Vala de Perus”, com três episódios, produzidos entre 2019 e 2021.
Equipe permanente da Unifesp:
João Pedro Silva de Albuquerque
Marilia Oliveira Calazans
Aline Feitoza de Oliveira
Bolsista Pibex:
Rebeca Righetti Ramos
2ª Temporada
Está em andamento desde 2021 e vem trabalhando o tema: “Universidade e movimento social: produção de conhecimentos sobre violências”.
Sinopse: Nessa segunda temporada, o Podcast “1049” vai promover encontros entre parceiros que, desde suas atuações nas universidades e nas lutas sociais, vêm elaborando modos de produzir (re)conhecimentos sobre violências
Ao longo dos episódios, olharemos para diferentes contextos e territórios brasileiros (e outros países latino-americanos), onde variadas formas de violações são exercidas pelo Estado, ou por particulares com anuência estatal, contra setores vulnerabilizados a partir de assimetrias de raça, classe, gênero e sexualidade.
A respeito de cada cenário, propomos uma mesma conversa: pensar as complexas relações existentes entre a reprodução contínua dessas violências e a invisibilização das populações. Queremos ouvi-los, em especial, sobre o papel do Estado na negação, secundarização ou mesmo na produção da falta de conhecimentos empíricos (dados, evidências, informações, etc) sobre tais violações. Assim como sobre as possibilidades (ou mesmo as tensões) inscritas nas interlocuções entre universidades e movimentos sociais, quando estes se dedicam a elaborar conjuntamente práticas, métodos, abordagens e conhecimentos sobre as maneiras pelas quais essas violências se manifestam, se exercem e sobre quem e como elas afetam.
Equipe permanente da Unifesp:
Desirée de Lemos Azevedo
Bolsistas CAAF:
Lorrane Campos Rodrigues
Cássia Aranha
Bolsista Pibex:
Matheus Camata Krabbe
Escute os episódios em: