Museu do Amanhã a ser Inaugurado no Rio de Janeiro tem, em seu Acervo, Importante Obra, Concebida por Professor do Campus Osasco

Neste sábado, dia 19/12, será lançado no Rio de Janeiro, o Museu do Amanhã, maior museu de ciências da América Latina.

O Museu encontra-se bem próximo do aeroporto Santos Dumont, em um píer que avança bastante sobre o mar (“Píer Mauá”), promovendo uma bela vista da cidade e da baía de Guanabara (http://goo.gl/wp5tKx). O projeto arquitetônico é do espanhol Santiago Calatravas e a curadoria é do físico Luiz Alberto Oliveira. O museu conta com cinema 3600, com um filme sobre o surgimento do cosmos e diversas obras interessantes. Vale a visita.

Uma dessas obras do acervo permanente chama-seEncephalon e foi criada pelo nosso professor e pesquisador do laboratório de neurociências clínicas da Unifesp (LinC), Álvaro Dias. Trata-se de um cubo metálico de 343 m3, coberto por painéis de LED onde são projetadas imagens artísticas do cérebro. “O mais interessante sobre essas animações é o fato de terem sido extraídas do contexto laboratorial; ou são construídas sobre imagens reais do cérebro, ou sobre análises computacionais do mesmo”. O cubo possui ainda sonofletores embutidos, que emitem sons, os quais compõem uma espécie de trilha sonora para as animações (uma simulação do cubo pode ser vista aqui: http://goo.gl/0TRA2p).

“O projeto inicial apresentado, após o convite para criar algo para o Museu, era bastante diferente, com painéis holográficos e sensores de movimento. A ideia do cubo foi determinada pela curadoria para uniformizar a linguagem do pavilhão chamado antropoceno e me surpreendeu. Vendo agora o resultado, com as várias estruturas metálicas nele dispostas, só posso agradecer a equipe do Luiz pela direção tomada. Sinto-me absurdamente honrado em poder contribuir um pouquinho com esse projeto fora de série que eles um dia sonharam e, ao longo de outros tantos, conseguiram viabilizar”.

O projeto da obra Encephalon também se destaca pela participação do físico e atual graduando do curso de atuárias, Jilvan de Souza Júnior. “Aceitar fazer essa obra trouxe consigo a incumbência de montar um time experiente para suas diversas etapas. Para a parte de design computacional, uma das mais delicadas, convidei um escritório de design espanhol que, aqui no Brasil, havia feito o Museu da Língua Portuguesa, SPFW e outros. Porém, a disponibilidade deles para rodar as coisas conosco não era tão grande. Um dia vi uma apresentação do Jilvan, usando alguns recursos do Adobe Illustrator, a qual me impressionou. Passei então umas cadeias neurais para ele modelar e gostei muito dos resultados. Assim foi que a coisa avançou e o Jilvan acabou assumindo uma parte do design computacional do projeto, figurando como um dos autores da obra. Sem dúvida, foi uma das decisões mais acertadas que tive”.

A equipe dos autores é ainda composta pelo Dr. Henrique Akiba (LinC-Unifesp) e pelo Prof. Eduardo Oda (IME).

“Para 2016 estamos com um novo projeto, em formato de instalação científica, o qual envolve umas cadeiras de roda dirigidas por EEG (inspirado neste daqui: http://goo.gl/A9eA1y). Tomara que dê tudo certo e a gente possa fazer mais um convite fora da caixa”.