Considerando a escassez de estudos que analisam o impacto do desemprego na saúde mental dentro do contexto brasileiro, e a concentração da literatura sobre o tema em países de alta renda, principalmente na Europa.
o presente trabalho de conclusão de curso visou realizar uma análise baseada nos dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 para investigar a relação entre desemprego e saúde mental entre os trabalhadores desocupados no mercado de trabalho brasileiro, buscando quantificar a associação positiva entre desemprego e piora do estado de saúde mental.
OBJETIVO. O estudo teve como propósito identificar a associação entre desemprego e: (i) pior estado de saúde mental e (ii) autopercepção de saúde física e mental. Sobretudo, buscou-se avaliar se o desemprego aumenta a probabilidade de um trabalhador apresentar quadros de depressão, a fim de quantificar as análises qualitativas que sugerem tal associação. Além disso, pretendeu-se observar se existem disparidades no estado de saúde mental, especialmente na incidência de depressão, entre diferentes subgrupos populacionais, categorizados por sexo, faixa etária, situação conjugal, grau de escolaridade e histórico anterior de saúde mental.