A abertura do Seminário 80 anos do Estado Novo: Projetos de Modernização Brasileira e Crises Políticas, no dia 26 de setembro, aconteceu em clima de sala de estar. A conferência inaugural ficou por conta do Prof. Dr. Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo e atraiu bom público.
A abertura do Seminário 80 anos do Estado Novo: Projetos de Modernização Brasileira e Crises Políticas, no dia 26 de setembro, aconteceu em clima de sala de estar. A conferência inaugural ficou por conta do Prof. Dr. Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo e atraiu bom público.
O economista cativou a plateia desde as primeiras palavras ao saudar a forte presença feminina na organização do evento e, assim, destacar a ampliação do papel das mulheres na universidade brasileira.
O apanhado histórico do desenvolvimento econômico no Brasil não se limitou aos anos compreendidos entre 1937 e 2017, como recortava o título do evento. O professor remontou o início dos anos 30, contextualizando antecedentes importantes do período conhecido como a “Grande Depressão”, citando a quebra da bolsa de Nova Iorque, entre outros episódios de relevada importância.
O Prof. Belluzzo destacou os principais momentos da evolução econômica brasileira, desde as motivações do tenentismo, passando pela industrialização da era Vargas, o Plano de Metas, até o desmonte nos anos 80.
Ele não deixou de contextualizar a situação do país perante o mundo, tecendo comparações com a Alemanha industrializada, a Europa consumidora, os EUA expansionistas, até chegar à China que, na opinião do professor, se adequou à globalização sem comprometer setores internos de sua economia.
A simpatia do conferencista ganhou a audiência com indicações de filmes e livros que podem muito bem ilustrar as transformações do período abordado.
O Prof. Belluzzo falou por aproximadamente 90 minutos e a sessão foi inusitadamente recheada com rodada de perguntas que satisfizeram tanto o público quanto o palestrante que sublinhou, ao final, o relevante papel da universidade na discussão de políticas públicas que possam minimizar os impactos de mais uma batalha, na qual, no seu entender, o Brasil novamente entra atrasado: a revolução tecnológica.
O evento seguiu com mesa redonda no início daquela noite e outra agenda, com três sessões, no dia seguinte.
Por Maristela Bencici Feldman
Prof. Dr. Fábio Alexandre dos Santos e Prof. Dr. Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo