Orçamento da Unifesp é abordado em audiência pública no Campus Baixada Santista

Contingenciamento dos recursos e assistência estudantil foram os principais temas discutidos

 

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O Campus Baixada Santista da Unifesp foi palco, na última quinta-feira (5/10), de uma audiência pública sobre o orçamento geral da universidade. Uma iniciativa da Reitoria que se repetirá em todos os campi da instituição, o encontro tem como objetivo a prestação de contas e a abertura de diálogo com a comunidade acadêmica.

Além da reitora Soraya Smaili, participaram da mesa a pró-reitora de Administração, Tânia Mara Francisco, o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Anderson Rosa, a pró-reitora de Extensão e Cultura, Raiane Assumpção, o pró-reitor adjunto de Graduação, Fernando Sfair Kinker, e o vice-diretor do Campus Baixada Santista, Odair Aguiar Júnior.

Após uma breve apresentação do cenário da Unifesp, Soraya alertou sobre os desafios enfrentados pelas universidades federais diante da atual conjuntura do país, marcada pelo contingenciamento de recursos de custeio e capital que vem ocorrendo desde 2014 e que se agravou neste ano. "Hoje, os reitores dessas universidades estão trabalhando junto aos ministérios e parlamentares para que a verba do próximo ano não seja reduzida", explicou a reitora.

Até o momento, 80% do orçamento de custeio foi liberado, que é aquele destinado aos serviços essenciais, como limpeza, manutenção, água e luz. Para outubro, o governo anunciou a liberação de mais 5%. "A Unifesp foi uma das instituições federais de ensino superior que mais cresceram nos últimos anos, porém não houve um aumento equivalente de seu custeio. Ele é insuficiente", alertou. Quanto ao orçamento de capital, voltado para compra de equipamentos e para obras e reformas, a universidade recebeu somente 60% desse valor até agora.

Além disso, a verba do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), específica para a permanência dos(as) estudantes de graduação, também tem sofrido cortes. Para contornar essa situação, a Reitoria tem destinado verbas complementares para a assistência estudantil oriundas de outras áreas. Segundo a reitora, esses são recursos de fundamental importância para a universidade, pois 63% dos(as) estudantes da instituição tem renda per capita familiar de até 1 e 1/5 salário mínimo. "Temos que trabalhar bastante e lutar para que não haja a diminuição desse orçamento", ela declarou.

Ao final da apresentação, foram feitas diversas perguntas sobre a execução do orçamento, compras e contratações, que foram respondidas pela reitora e pela pró-reitora de Administração. Como parte dos encaminhamentos, foi proposta a formação de um Grupo de Trabalho aberto em que estudantes e gestores irão se reunir para estudar e tirar dúvidas sobre orçamento. A reitora Soraya reafirmou a importância de realizar as audiências públicas como estratégia de gestão, que vem desenvolvendo desde 2013 e deverá continuar. Ela também salientou a importância de todos se apropriarem e compreenderem o orçamento e que a gestão dará toda transparência aos dados.

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