Atividades de caráter educativo, social, cultural, científico e tecnológico ocorrem desde 2015
Equipe do projeto Sentinelas das Praias na praia do Góes, no Guarujá/SP (Crédito da foto: Divulgação)
Desde 2015, docentes e estudantes dos cursos de Bacharelado em Ciência e Tecnologia do Mar e de Serviço Social, do Campus Baixada Santista da Unifesp, têm se dedicado ao projeto de extensão Sentinelas das Praias. A iniciativa funciona como suporte às atividades de ensino de Ciências da Terra, com ênfase em Geomorfologia Costeira e Marinha associada a praias arenosas dos municípios de Santos, São Vicente e Guarujá, no litoral sul de São Paulo.
No ano passado, por meio de atividades realizadas na praia do Góes, no Guarujá, foram examinados pela equipe da universidade aspectos do meio físico, como a erosão marinha. Além disso, foram feitas entrevistas com a população local com o propósito de resgate da memória social.
“A ação é uma tentativa de se conhecer que relações existem entre o cotidiano dessas pessoas e os projetos em disputa que transformam a paisagem da região e também a rotina delas. O propósito é sistematizar narrativas que deem a dimensão real da realidade evidenciando as identidades com o lugar”, explica o professor Gilberto Pessanha Ribeiro, coordenador do projeto.
Um dos focos é a implicação das transformações do cenário local e sua relação com o entendimento da população sobre as explicações dos fenômenos físicos, como poluição do mar, erosão e progradação marinhas – ampliação ou diminuição das praias –, contaminação do solo e da água, entre outros.
Na análise feita a partir de conversas com uma líder comunitária, jovens e um professor, dentre residentes ou não, segundo o docente, o que marcou foi a vinculação desses indivíduos com o município vizinho de Santos (SP), por uma questão geográfica e pela imposição de facilidades de mobilidade urbana pelo mar.
“O projeto tem dado oportunidades para os estudantes da Unifesp se envolverem de fato com ações extensionistas de produção e disseminação de informações, com produção de conhecimento e ampliação do potencial de análises geográficas que possuem interface com questões sociais”, analisa o coordenador.