Unifesp quer criar 8 novos cursos em São José até 2020 (O Vale – 19/06)
Leia abaixo os principais trechos da entrevista.
O balanço é muito positivo. Começamos em 2007 com um curso, 50 alunos e nenhum professor efetivo. Hoje são 14 cursos, sendo 7 de graduação e 7 de pós-graduação, 100 professores e 1.500 alunos, na graduação e na pós-graduação.
Poderíamos ter expandido ainda mais, tanto pelo que São José e a RMVale
necessitam, quanto pelo porte da nossa região. Foi o crescimento possível, mas com muita qualidade.
Principalmente a formação dos alunos. Temos 150 formandos por ano e praticamente todos estão trabalhando. Alguns estão abrindo suas próprias empresas. São jovens capazes de inovar e gerar emprego e renda, que é o que o nosso país precisa. Eles vão ajudar a melhorar a vida das pessoas.
Temos três pilares: ser o Instituto de Ciência e Tecnologia da Unifesp, uma das melhores universidades do país em qualquer ranking e a sexta melhor na América Latina; a interdisciplinaridade, já que nossos alunos se tornam bacharéis em ciência e tecnologia e depois podem escolher entre seis cursos de formação específica; e o fato de estarmos dentro do Parque Tecnológico.
Estar em São José agrega valor à Unifesp. Reunimos a qualidade da Unifesp com o potencial tecnológico de São José e da nossa região.
A relação com as empresas tem sido muito boa, ajudando na formação prática dos nossos alunos. Por estarmos lá, perto das empresas, fica mais fácil o contato. Temos parcerias com empresas incubadas e com as grandes empresas que estão no Parque Tecnológico, como a Embraer e a Ericsson.
Primeiro, o ideal é crescer em São José dos Campos, criando um campus grande aqui, com novos cursos. Depois, acho possível expandirmos para outras cidades, como Taubaté e Guaratinguetá. Até porque há uma grande demanda por mais vagas federais no na RMVale.
A Unifesp tem atendido a demanda, mas precisa ser ampliada, com mais cursos. A RMVale precisa de uma universidade como a Unifesp em várias áreas. Já temos mais sete cursos de graduação aprovados para serem implantados até 2020. São eles engenharia de controle de automação, engenharia de energia e engenharia de produção e licenciaturas em Matemática, Física, Química e Biologia. Já estão aprovados, mas o MEC precisa dar contrapartida em pessoal e infraestrutura.
Sim. Nosso campus já aprovou um curso de Medicina em São José, mas as outras unidades da Unifesp no interior também querem. Nossa vantagem é que a Congregação da Escola Paulista de Medicina é favorável ao curso em São José. O Conselho Superior da Unifesp criou uma comissão para fazer este estudo e estamos na expectativa de sermos a unidade escolhida. Esperamos que consigamos este curso até 2020.
A prefeitura inclusive já se comprometeu a nos ceder um prédio para instalarmos o curso ao lado do Hospital Municipal. Como há também projeto para um curso particular de Medicina, acredito que é possível que em pouco tempo São José tenha duas faculdades, uma particular e a nossa.
Além da criação de novos cursos, aumentar as parcerias com as empresas. Também queremos internacionalizar a Unifesp, com implantação de cursos em inglês para termos alunos e professores estrangeiros, como acontece nas grandes universidades do mundo.
Para isto, pretendemos construir um alojamento para 120 alunos. Esperamos que os cursos em inglês, tanto de graduação quanto de pós-graduação, e o alojamento sejam implantados até 2018.
Temos programas que estão ajudando as pessoas, como as próteses de mão impressas em 3 D e o projeto de economia solidária. E vamos inaugurar em agosto um museu da ciência, que será aberto ao público. Queremos estar cada vez mais perto da comunidade.
LUIZ LEDUÍNO DE SALLES NETO
DIRETOR DA UNIFESP DE SÃO JOSÉ
"A
RMVale
demanda mais vagas federais de ensino superior. Até porque o governo federal nunca olhou com muito carinho para a nossa região nesta questão"
IDEM
"Temos desde que chegamos a São José uma interação muito grande com o ITA, inclusive com um curso em que os alunos saem com diplomas das duas instituições"
IDEM