Eu li em algum comunicado que eu não encontro mais, mas que foi citado na assembleia docente do ICT realizada no dia 20/05/2015, que a Unifesp está otimizando a gestão, não efetuando cortes por conta da restrição orçamentária. Trata-se, no mínimo, de um equívoco conceitual. De fato, otimizar significa encontrar a melhor solução em relação a um objetivo, respeitando uma série de condições ou restrições.
É possível deduzir que estão se referindo a minimização de custos na universidade. Há uma maneira trivial de minimizar o custo: não fazer nada, fechar as portas. Obviamente essa solução não é aceitável, ou não é viável ou é infactível se usarmos linguagens técnicas da área de otimização.
De fato, num problema clássico de minimização de custos existem restrições a serem respeitadas. No caso da Unifesp, creio que as restrições ideais seriam as correspondentes às condições para excelência acadêmica. Mas mesmo sendo mais “flexível” e menos exigente, trabalhando com restrições que correspondam apenas ao funcionamento mínimo das atividades-fim da universidade, não estamos otimizando nada por meio dos cortes efetuados. Por exemplo, como a universidade pode funcionar bem sem pagar suas contas de energia elétrica? Sem recursos para adquirir sequer papel sulfite?
É possível, infelizmente, citar diversos outros exemplos que demonstram como as condições de trabalho e estudo estão piorando desde janeiro de 2015. Ou seja, estamos sim é nos afastando da solução ótima.
O que está ocorrendo em virtude do financiamento inadequado por parte do governo federal tem outro nome: precarização. Por fim, cumpre dizer que a otimização da gestão sempre esteve em curso por meio dos competentes técnicos-administrativos da Unifesp. E continuará, se o MEC permitir.