A biorremediação é definida como sendo o uso de processos biológicos para degradar, transformar e/ou remover contaminantes de uma matriz ambiental, como água ou solo. A biorremediação é um processo que ocorre naturalmente pela ação de bactérias, fungos e plantas, onde os processos metabólicos destes organismos são capazes de utilizar estes contaminantes como fonte de carbono e energia. A atenuação natural monitorada é um conceito pelo qual uma área contaminada é remediada por biodegradação natural. Para a correta avaliação destes processos, uma combinação de métodos químicos e biológicos é normalmente utilizada. Os processos de atenuação natural podem ser iniciados ou acelerados através da manipulação das condições ambientais tornando-as favoráveis para que a comunidade presente no local degrade o poluente, seja através da adição de nutrientes específicos ou pela adição de comunidades específicas. Muitos compostos, comprovadamente tóxicos, têm sido introduzidos no meio ambiente pela atividade humana. A exposição a estes contaminantes causa muitos riscos, tanto ao ambiente como à saúde humana. Por esta razão, entender estes riscos e desenvolver técnicas de remediação tornam-se de extrema importância. Neste contexto, esta linha de pesquisa tem como objetivo a prospecção e utilização de métodos biológicos que possam ser dirigidos à degradação de compostos orgânicos sintéticos, bem como avaliar a identidade taxonômica e vias metabólicas que podem ser empregados em esforços de biorremediação. Mais além, o emprego e desenvolvimento de métodos químicos são essenciais para a validação e constatação da eficácia desses processos.
Docentes da linha: Andrea Komesu, Caio Fernandes Fontana, Eduardo Dellosso Penteado, Gustavo Bueno Gregoracci e Italo Braga de Castro