Colonialismo, capitalismo e racismo: a questão quilombola em Alcântara/MA

ED6D6B68-F2B4-47D9-8F10-188D26157120.JPG

No dia 16 de maio de 2023, às 19 horas, será realizada a aula aberta "Colonialismo, capitalismo e racismo: a questão quilombola em Alcântara/MA".

O evento, organizado pelo Observatório do Trauma Psicopolítico (USP/Unifesp) e Núcleo Baixada Santista da ABRAPSO, com a participação da liderança do MABE (Movimento de Atingidos pela Base Espacial), Neta Serejo, acontecerá no Campus Baixada Santista da Unifesp, na sala 120 do Edifício Mariângela Duarte (Rua Silva Jardim, 136).

Resumo do evento:

Em 2001 a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) recebeu a petição apresentada pelas comunidades quilombolas de Alcântara/Maranhão, as quais alegavam que o Estado brasileiro foi responsável por afetar a propriedade coletiva de 152 comunidades quilombolas devido à falta da emissão de títulos de propriedade, desrespeitando os direitos à consulta e consentimento prévios, à desapropriação das suas terras e territórios e à falta de recursos judiciais para remediar tal situação, devido a implantação do Centro de Lançamento de Alcântara, construído na década de 1980 em seus territórios.

Em abril de 2023 ocorreu no Chile a audiência na Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre o caso “Comunidades quilombolas de Alcântara vs. Brasil” e o mesmo encontra-se em trâmite atualmente.

As lutas por seus territórios e pela garantia dos modos de vida, cultura, solidariedade, autonomia política e social acompanham as comunidades quilombolas de Alcântara desde seu surgimento até a atualidade, elementos que apontam para uma relação histórica e dialética entre colonialismo, capitalismo e racismo.