Ele participa de grupo de pesquisadores brasileiros das diferentes áreas do conhecimento sobre os oceanos
(Foto: acervo pessoal)
A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou a “Década Internacional da Oceanografia para o Desenvolvimento Sustentável” (2021-2030) e formou um grupo de especialistas de todo o mundo para iniciar o “Processo Regular para Relatórios e Avaliações Globais sobre o Ambiente Marinho”. No Brasil, o docente Ronaldo Christofoletti, do Instituto do Mar (Imar/Unifesp) - Campus Baixada Santista, foi indicado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e pelo Itamaraty para compor o grupo de 30 especialistas brasileiros das diferentes áreas do conhecimento sobre os oceanos, abrangendo aspectos biológicos, físicos, geológicos, químicos, oceanográficos, climáticos, socioambientais e de governança.
O “Processo Regular” foi estabelecido pela Assembleia Geral da ONU como mecanismo para rever o estado do meio ambiente marinho, incluindo os aspectos socioeconômicos, de forma contínua e sistemática. Ele fornecerá avaliações nos níveis global e regional e uma visão integrada das questões ambientais, econômicas e aspectos sociais relacionados aos oceanos. Tais avaliações destinam-se a dar suporte para a tomada de decisão e contribuir para a gestão de atividades humanas que afetam os oceanos e os mares de maneira sustentável, em conformidade com o direito internacional, incluindo a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e outros instrumentos e iniciativas internacionais.
O primeiro ciclo do Processo Regular terminou em 2015. Neste momento, inicia-se o segundo ciclo preparatório, até 2020, para a Década dos Oceanos, que prevê a produção de um segundo relatório mundial de avaliação e o suporte a outros processos de decisão mundiais relacionados com o oceano. Em todo o mundo, a importância das abordagens interdisciplinares para entender os processos da zona costeira está relacionada com a promoção de ações inovadoras para o gerenciamento costeiro.
Segundo Christofoletti, é um momento para se contribuir com temas convergentes relacionados aos oceanos e de promover a pesquisa que vai além das publicações científicas, mas que se torna o meio para a tomada de decisão participativa, social e academicamente referenciadas. “Essa é uma oportunidade de mostrar o impacto e a missão do Instituto do Mar da Unifesp, primeiro investimento federal na área de Ciências do Mar no Estado de São Paulo, de forma alinhada com as metas do PDI da universidade, da Política Nacional para os Recursos do Mar (PNRM), coordenada pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), bem como com os objetivos da Agenda 2030 da ONU, para resolução de problemas em níveis regional, nacional e global, integrando academia, sociedade e políticas públicas para atingir as metas do desenvolvimento sustentável”, declara.