JULIA FERRARI CARNEIRO TEIXEIRA

Autor:
JULIA FERRARI CARNEIRO TEIXEIRA

Título:
Estado Nutricional ao Diagnóstico Oncológico como Possível Marcador do Excesso de Peso em Crianças e Adolescentes Sobreviventes do Câncer

Tipo de Trabalho de Conclusão:
DISSERTAÇÃO
Abreviatura:
TEIXEIRA, J. F. C.
Data da Defesa:
28/04/2016
Resumo:
A obesidade é um efeito tardio reconhecido em sobreviventes do câncer infantil, porém estudos atuais têm demonstrado que os sobreviventes mais recentes, não diferem das estimativas populacionais e sugerem que fatores externos, assim como as características genéticas do indivíduo, possam apresentar maior influência no ganho de peso entre os sobreviventes. Dentro desta realidade, questiona-se sobre a quantidade e qualidade da alimentação deste grupo, e suas possíveis correlações com a obesidade. Além disso, a limitação de estudos com sobreviventes em países em desenvolvimento e os reduzidos trabalhos com dados mensurados, justifica a realização deste trabalho. Desta forma, teve-se como objetivo avaliar o estado nutricional prévio e atual, bem como consumo alimentar e o tratamento antineoplásico e a relação destes com a obesidade nos sobreviventes do câncer infantil. Todos os pacientes tratados em um centro de referência e atendidos na clínica de efeitos tardios, que sobreviveram por pelo menos 2 anos após o tratamento, foram elegíveis para inclusão. Dados antropométricos e informações sobre o tratamento antineoplásico foram coletados. Para análise do estado nutricional, bem como em relação às características alimentares, dividiu-se os pacientes em dois grupos, sendo o grupo 1 composto por sobreviventes de leucemia e sistema nervoso central (SNC), agrupados devido a semelhança de tratamento e grupo 2, composto pelos demais sobreviventes. O principal achado do nosso estudo foi a correlação do índice de massa corporal (IMC) ao diagnóstico com o excesso de peso pós-tratamento em ambos os grupos, não sendo observado correlação com o tratamento antineoplásico. Além disso, observamos alteração de composição corporal, caracterizada pela redução de massa magra. A alimentação destes pacientes, independente do diagnóstico oncológico, encontra-se em desequilíbrio, principalmente pela elevada ingestão de proteínas e ácidos graxos saturados, assim como reduzida adequação de vitaminas e minerais. O tratamento contribui para alteração de composição corporal e suas doenças associadas ao excesso de tecido. Entretanto, acredita-se que o estilo de vida atual associado a características individuais, contribua substancialmente para o desenvolvimento de complicações metabólicas em sobreviventes. A identificação precoce de grupos de risco é fundamental para minimizar os efeitos adversos decorrentes da terapia antineoplásica e promoção de hábitos alimentares saudáveis.

Palavras-chave:

Obesidade, Sobreviventes, Neoplasia, Criança, Adolescente.

 

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CAMILA PIA DELGADO DA SILVA

Autor:
CAMILA PIA DELGADO DA SILVA

Título:
Composição Nutricional de Frutas da Biodiversidade Brasileira e seu Emprego na Alimentação Escolar na Região Sudeste

Tipo de Trabalho de Conclusão:
DISSERTAÇÃO
Abreviatura:
SILVA, C. P. D.
Data da Defesa:
25/04/2016
Resumo:
Os objetivos desse estudo foram realizar a compilação dos dados de composição nutricional de cinco espécies frutíferas provenientes da biodiversidade nativa e avaliar a inserção destas e outras espécies frutíferas na alimentação escolar da região Sudeste do Brasil. Para o levantamento da inserção de espécies frutíferas foi desenvolvido um questionário estruturado, de autopreenchimento, e com aplicação por meio de formulário eletrônico. Para a compilação, a busca na literatura foi feita nas principais bases de dados científicos disponíveis online, utilizando como referência a metodologia disponibilizada pela FAO/ INFOODS (Food and Agriculture organization/ International Network of Food Data Systems). Da totalidade dos munícipios da região Sudeste 187 aceitaram participar do estudo e somente 5,9% (n=11) informaram realizar a compra de espécies frutíferas provenientes da biodiversidade nativa, sendo estas de procedência da agricultura familiar. A ausência de articulação entre os atores do Programa Nacional de Alimentação Escolar foi um dos principais fatores limitantes para inserção destas frutas nativas nos cardápios da alimentação escolar. Foi observado, que o campo da sustentabilidade e biodiversidade ainda é desconhecido e desafiador perante aos profissionais que atuam na alimentação escolar, uma vez que só 40,6% dos nutricionistas informaram levar em conta o fator biodiversidade na elaboração dos cardápios da alimentação escolar. Outro limitador informado pelos nutricionistas foi a ausência de informações da composição nutricional destas frutas. A compilação dos dados de composição nutricional foi realizada a partir de cinco espécies e reuniu 24 publicações, sendo as espécies: 1- Pitanga- (Eugenia uniflora L.); 2- Juçara (Euterpe edulis M.); 3- Jenipapo (Genipa americana L.); 4- Jabuticaba ou Jaboticaba (Plinia cauliflora M.) e 5- Aroeira-periquita (Schinus terebinthifoli). A polpa da pitanga madura apresentou maiores concentrações de fibra alimentar, pró-vitamina A e vitamina C, do que as outras espécies. Adicionalmente, a polpa congelada de pitanga foi classificada como excelente fonte de carotenoides (> 200mcg/100 gramas da porção comestível). A polpa da juçara madura apresentou teores elevados de lipídeos, fibra alimentar, vitamina C e ferro. O jenipapo polpa madura mostrou teores intermediários de carboidrato, vitamina C, B-caroteno, licopeno e compostos fenólicos, quando comparados com as demais espécies em estudo. Foram encontradas três publicações sobre a composição nutricional da jabuticaba e nenhum estudo foi obtido sobre composição nutricional da espécie aroeira-periquita. Portanto concluiu-se que apesar dos desafios para inserção de espécies frutíferas da biodiversidade na alimentação escolar, alguns municípios da região Sudeste já estão realizando a aquisição e ofertando esses alimentos no cardápio escolar. Além disso, espécies como a pitanga e a juçara apresentaram valor nutricional destacado e tem potencial para inserção na alimentação escolar, desde que os municípios façam a aquisição e os nutricionistas incluam preparações destes alimentos no cardápio.

Palavras-chave:

Alimentação escolar, política pública, biodiversidade, composição nutricional, PNAE, fruta

 

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JOSÉ ANAEL NEVES

Autor:
JOSÉ ANAEL NEVES

Título:
Atenção Nutricional ao excesso de peso sob a ótica da Integralidade: diagnóstico e avaliação da Atenção Básica e de Média Complexidade em município do Sudeste Brasileiro

Tipo de Trabalho de Conclusão:
DISSERTAÇÃO
Abreviatura:
NEVES, J. A.
Data da Defesa:
22/03/2016
Resumo:
Introdução - As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são o principal problema de saúde pública no mundo e o excesso de peso é uma das suas principais causas e um fator de risco modificável. Ações de prevenção e controle desse problema fazem parte da agenda de promoção de saúde de vários países, inclusive do Brasil, onde mais da metade da população adulta tem excesso de peso. Objetivo - Avaliar a atenção nutricional prestada a adultos com excesso de peso na Atenção Básica e de Média Complexidade de município do Sudeste brasileiro, na perspectiva da integralidade em saúde. Métodos - Trata-se de um estudo censitário que identificou e avaliou as ações de atenção nutricional aos adultos com excesso de peso, sob a ótica da integralidade em saúde, por meio de entrevistas semiestruturadas junto aos gestores e/ou profissionais da totalidade dos serviços de Atenção Básica e de Média Complexidade de Santos, São Paulo, Brasil. Resultados - Foram identificadas ações restritas ao atendimento clínico individual, em detrimento das ações de promoção e proteção da saúde; baixa inserção do nutricionista; práticas normatizadoras e desarticuladas dos contextos territoriais dos serviços; diálogo limitado entre os diferentes níveis de atenção a saúde e ausência de ações intersetoriais. Considerações Finais - Existem vários fatores limitantes da atenção nutricional ao adulto com excesso de peso nos dois níveis de atenção à saúde investigados, configurados como importantes nós críticos para a realização da integralidade em saúde.

Palavras-chave:
Integralidade em saúde, Obesidade, Atenção primária à saúde, Sistema único de saúde, Atenção secundária à saúde

 

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RENATA CANDIDO TSUTSUMI

Autor:
RENATA CANDIDO TSUTSUMI

Título:
Evolução do estado nutricional de crianças com tumores do sistema nervoso central durante o primeiro ano do tratamento antineoplásico
Tipo de Trabalho de Conclusão:
DISSERTAÇÃO
Abreviatura:
TSUTSUMI, R. C.
Data da Defesa:
24/03/2016
Resumo:
Objetivo: avaliar a evolução do estado nutricional de crianças com tumores do sistema nervoso central, durante o primeiro ano de tratamento antineoplásico. Material e Métodos: estudo retrospectivo de coorte que incluiu 30 crianças com idade entre 2 e 10 anos, de ambos os gêneros com tumores do sistema nervoso central atendidas no GRAACC entre 2004 e 2011. Índice de massa corporal (IMC), percentual de adequação da dobra cutânea triceptal (DCT) e da circunferência muscular do braço (CMB), foram avaliados na admissão, 6 e 12 meses após. A frequência dos tumores do sistema nervoso central, foram: astrocíticos 33,3% (10/30), embrionários 40% (12/30), da região selar 10% (3/30) e ependimais 16,6% (5/30). Análise estatatística de medidas repetidas das variáveis antropométricas, foi realizada com auxílio do Teste de Friedman. Resultados: as medianas dos escorez Z IMC na admissão - 0,66; 6 meses após – 0,59 e 12 meses após – 0,47 (p = 0,648) e do percentual de adequação da CMB na admissão 98,0%; 6 meses após 91,1% e 12 meses após 94,2% (p = 0,344), mostraram que as crianças se encontram em padrão de eutrofia durante o primeiro ano de tratamento antineoplásico. As medianas do percentual de adequação da dobra cutânea triceptal na admissão 83,2%; 6 meses após 73,6% e 12 meses após 82,5%, também não mostraram diferença significante (p = 0,291), apontando desnutrição de grau leve. Dentre os diferentes diagnósticos, a presença de tumores embrionários, causou maior impacto negativo sobre a evolução do estado nutricional das crianças, com mediana de Z IMC de – 1,06; - 1,68 após 6 meses e –1,61 após 12 meses, sendo esse resultado significante (p = 0,002). Conclusão: neste grupo de acordo com os parâmetros de análise de Z IMC e DCT e CMB as crianças apresentam boa evolução do estado nutricional. A presença de tumores embrionários, tem maior impacto negativo sobre o estado nutricional.

Palavras-chave:
Tumores cerebrais; pediatria; estado nutricional

 

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NATHALIA TAROSSI LOCATELLI

Autor:
NATHALIA TAROSSI LOCATELLI

Título:
Consumo da Alimentação Oferecida nas Escolas Públicas Brasileiras e sua Relação com Fatores Sociodemográficos e Práticas Alimentares: Resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2012

Tipo de Trabalho de Conclusão:
DISSERTAÇÃO
Abreviatura:
LOCATELLI, N. T.
Data da Defesa:
26/02/2016
Resumo:
INTRODUÇÃO: O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é um dos mais antigos programas do Brasil na área de segurança alimentar e nutricional, com abrangência nacional, que atende todos os alunos matriculados em escolas públicas do país. O PNAE preconiza que seja ofertada uma alimentação saudável e adequada, com alimentos variados, seguros, respeitando a cultura, as tradições, os hábitos alimentares, de acordo com a faixa etária e o estado de saúde, de forma a contribuir para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos e para melhor rendimento escolar. Dado este contexto, é fundamental que os escolares consumam as refeições ofertadas. OBJETIVO: Descrever o consumo da alimentação oferecida nas escolas públicas do Brasil e sua relação com fatores sociodemográficos e práticas alimentares , segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE, 2012). MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizados os dados da PeNSE realizada em 2012, com alunos do 9º ano do Ensino Fundamental matriculados em escolas públicas, de todas as capitais brasileiras e Distrito Federal e de municípios das não capitais. Foram analisadas as características sociodemográficas e as práticas alimentares dos estudantes. Para avaliar a diferença entre os alunos que consomem e os que não consomem a refeição na escola, em relação às características sociodemográficas, foi realizado o teste de qui-quadrado de Pearson. Para as análises de associação entre consumir alimentação na escola e características sociodemográficas e rotina alimentar foram utilizados modelos univariados e múltiplos por meio da regressão de Poisson, assim como para as análises entre os alimentos consumidos no dia anterior à entrevista e consumo da alimentação na escola. As análises de associação entre o consumo alimentar nos últimos sete dias e consumo da alimentação na escola, ambos ajustados pelas características sociodemográficas, foram realizadas por meio da regressão multinomial. RESULTADOS: Dos 86.660 participantes do estudo, 22,8% consomem alimentação escolar. O consumo da alimentação escolar é maior entre os alunos do sexo masculino, pardos, que não moram em capitais, residem com a mãe, residem com o pai, trabalham, com mães com baixa escolaridade, para aqueles que tomam café da manhã e almoçam com os pais. Observou-se que consumir alimentação escolar está positivamente associado ao consumo moderado e frequente de feijão, hortaliças cruas ou cozidas, hortaliças cozidas e frutas; e ao consumo moderado de hortaliças cruas. Ainda, a alimentação escolar se associou negativamente com o consumo moderado ou frequente de salgados e embutidos; e ao consumo frequente de salgadinhos de pacote, biscoito salgado, biscoito doce e guloseimas. Quanto ao consumo no dia anterior à entrevista, o consumo da alimentação escolar influenciou significativamente o consumo de salada crua, legumes ou verduras cozidas e frutas frescas. CONCLUSÃO: O consumo regular da alimentação escolar é baixo nos alunos do 9º ano do ensino fundamental que frequentam escolas públicas, sendo que o consumo é influenciado por variáveis sociodemográficas e por rotinas alimentares dos alunos. Ainda, a alimentação escolar influencia positivamente o consumo de alimentos marcadores de alimentação saudável e protege os adolescentes do consumo de alimentos não saudáveis.

Palavras-chave:
Alimentação escolar; Práticas alimentares; Consumo alimentar; Rotina alimentar; Adolescente

 

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